Navegando por Autor "Almeida, Laura Ribas de"
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Artigo Avaliação do clima de ondas da praia de Ponta Negra (RN, Brasil) através do uso do SMC-Brasil e sua contribuição à gestão costeira(Revista de Gestão Costeira Integrada, 2014-11-20) Almeida, Laura Ribas de; Amaro, Venerando Eustáquio; Marcelino, Ana Maria Teixeira; Scudelari, Ada CristinaPara o planejamento e gestão efetivos da orla marítima, visando a implantação de obras de engenharia para contenção da erosão e a manutenção da linha de praia, é imprescindível o conhecimento dos forçantes hidrodinâmicos atuantes, destacandose o clima de ondas. No Brasil há uma carência de dados de ondas, que pode ser suprida através de bancos de dados gerados através de modelos numéricos (dados de reanálise e com downscaling), tal como o proposto pela Universidade de Cantábria/Espanha, cuja base de dados de ondas foi disponibilizada para o Brasil através do SMC-Brasil, que visa a transferência dessa base de dados, além de ferramentas e metodologia para uma melhor gestão do litoral brasileiro. Este trabalho utilizou o SMC-Brasil para analisar o clima de ondas da região costeira da praia de Ponta Negra localizada em Natal/RN, Nordeste do Brasil, que possui elevada importância turística, com amplo crescimento e ocupação urbana nas últimas décadas. O ponto selecionado como representativo do regime de ondas incidentes, localizado a uma cota batimétrica de 20m, na latitude 5,8775oS/longitude 35,0301oW, apresenta as seguintes características de clima de ondas: predominância de ondas de leste-sudeste (ESE) em mais de 75% dos estados de mar, seguido de ondas de leste (E=20%), sudeste (SE=3%) e lestenordeste (ENE=2%). Sazonalmente, a predominância de ondulações provenientes de ESE ocorre em todas as estações do ano, porém no verão (Dezembro a Fevereiro) nota-se o aumento na participação de ondas provenientes de E. A altura de onda significativa (Hs) varia entre 0,5m e 2,8m, com 75% dos estados de mar apresentando ondas inferiores a 1,6m. Ondas com Hs superior a 2,6m apresentam um período de retorno probabilístico de aproximadamente 10 anos. Em relação aos períodos de pico (Tp), os valores variam entre 4s e 20s, sendo que 75% dos estados de mar apresentam Tp inferior a 8s. Ondas com Tp superior a 18s apresentam um período de retorno probabilístico de mais de 10 anos. A análise da distribuição conjunta de Hs- Tp e Hs-Dir mostra que no ponto selecionado as ondas mais frequentes são as com Hs entre 1,3 e 1,7m, Tp em torno de 8s, provenientes da direção em torno de 110o. Na propagação dos casos espectrais verificou-se que a região sul da praia de Ponta Negra (área do Morro do Careca) é protegida da ondulação, alcançada por valores máximos de Hs de cerca de 1,5m em eventos de tempestade. Isso ocorre tanto devido aos efeitos de difração e refração, mais evidentes nas ondulações de ESE e SE, quanto também aos efeitos de perda de energia devido ao fundo marinho deste setor, que apresenta uma batimetria mais suave, sendo mais dissipativa. Deste modo, destaca-se o aumento à exposição das ondas de sul para norte na praia de Ponta Negra, em direção à Via Costeira, com ondas de até 2,5m alcançando a linha de costa em eventos de tempestade. Os resultados deste estudo têm implicações relevantes para a gestão da zona costeira, como subsídio à melhoria do planejamento e gestão da orla, nas tomadas de decisões sobre o uso e ocupação dos terrenos próximos à linha de costa. Sugere-se que modelos similares sejam aplicados em outros locais como base para as ações de intervenção humana, em concordância com os princípios de gestão integrada e sustentável da zona costeiraDissertação Avaliação espaço-temporal do zooplâncton da laguna estuarina de Guaraíras (RN, Brasil)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-12-01) Almeida, Laura Ribas de; Sant'ana, Eneida Maria Eskinazi; ; ; http://lattes.cnpq.br/0746343873781788; Attayde, José Luiz; ; http://lattes.cnpq.br/4121209629385349; Lopes, Rubens M.;O objetivo do presente estudo foi caracterizar as variações espaciais e sazonais do microzooplâncton (20-200µm) e mesozooplâncton, (0,2 20mm), incluindo espécies de Copepoda, em uma laguna estuarina rasa (laguna de Guaraíras, RN). O zooplâncton e alguns parâmetros ambientais foram amostrados nas estações seca e chuvosa, em quatro pontos amostrais ao longo da laguna, enumerados da zona costeira (P1) para a porção mais interna da laguna, sob maior influência fluvial (P4). O microzooplâncton foi dominado por Tintinnina, Foraminifera e náuplios de Copepoda, enquanto que os copépodas Oithona spp, Parvocalanus crassirostris, Paracalanus quasimodo e Acartia lilljeborgi foram os mais abundantes do mesozooplâncton. As correlações positivas e significativas entre o microzooplâncton e a salinidade sugerem que as mudanças sazonais na comunidade microzooplanctônica são fortemente guiadas pela dinâmica salina na laguna. A densidade do microzooplâncton foi maior na estação seca (média±DP= 297,96±111,6org.l-1) do que na estação chuvosa (média±DP = 140,58±72,7org.l-1). De modo geral foram observados altos valores de salinidade nesta laguna costeira (média±DP= 34,25±4,8 ), caracterizando uma configuração marinho-costeira. A concentração de clorofila a apresentou uma variação espacial e temporal, com maiores valores na estação chuvosa e um gradiente típico de aumento a partir da região marinha da laguna (P1) para a porção interna (P4). Baseado na concentração de clorofila a para uma classificação do estado trófico, a laguna de Guaraíras apresentou um gradiente trófico, com tendência meso-eutrófica na sua porção continental e regiões mais oligotróficas na região mais próxima às águas costeiras. A comunidade mesozooplanctônica teve uma densidade média de 18,28 ± 8,7org.l-1, sendo que a variação sazonal da densidade indicou maiores valores em condições mesotróficas. Como era esperado para um ambiente altamente variável, foram registrados reduzidos valores dos ìndices de Diversidade (H ) e Equitabilidade (J). O Índice de Similaridade de Bray-Curtis reforçou a variabilidade espacial na laguna, diferindo os pontos P3 e P4, com maiores abundâncias de Tintinnina, náuplios de Copepoda, Oithona spp, larvas de Polychaeta e Acartia lilljeborgi, dos demais. A análise de agrupamento e a análise de componentes principais (PCA) indicaram que as larvas de Polychaeta e Acartia lilljeborgi tiveram boa similaridade, principalmente por coexistirem em locais rasos, com baixas transparências e altas concentrações de clorofila a. A PCA mostrou ainda uma relação positiva entre Oithona spp e a concentrações de clorofila a e fósforo total, explicando a alta abundância destas espécies na porção continental da laguna. Foraminifera mostrou uma associação positiva com a salinidade e uma associação negativa com a concentração de clorofila a e de fósforo total, indicando que este grupo é característico de áreas marinhas oligotróficas, tal como os pontos P1 e P2, com condições marinhas costeiras