Navegando por Autor "Almeida, Gilmara Celli Maia de"
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Dissertação Ação antifúngica e potencial antibiofilme de diferentes terapias alternativas frente a leveduras do gênero candida(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-31) Morais, Jullierme de Oliveira; Lins, Ruthineia Diógenes Alves Uchôa; http://lattes.cnpq.br/4462076152744400; https://orcid.org/0000-0003-4410-8681; http://lattes.cnpq.br/9261388543279445; Silva Júnior, Francisco Leonardo da; Almeida, Gilmara Celli Maia deAs candidoses usualmente são tratadas com antifúngicos. No entanto, o efeito desses fármacos é usualmente comprometido pela resistência microbiana e pelos efeitos adversos ocasionados. Nesse sentido, o aumento da prevalência e a complexidade de microrganismos multirresistentes a antimicrobianos têm incitado a busca por terapias complementares e alternativas capazes de atuar efetivamente frente à resistência emergente aos medicamentos. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar comparativamente a ação antimicrobiana e o potencial antibiofilme, in vitro, entre a terapia fotodinâmica antimirobiana (TFDA) com azul de metileno, a fitoterapia, utilizando o extrato hidroetanólico de Spondias mombin L (EHSM), e o probiótico Lactobacillus rhamnosus (PLR) no controle de leveduras do gênero Candida, sendo elas: Candida albicans, Candida tropicalis e Candida parapsilosis. Trata-se de um estudo experimental, in vitro, analítico e quantitativo, em que foram investigadas, em triplicata, a atividade inibidora do crescimento microbiano e a atividade antibiofilme das seguintes terapias alternativas: TFDA, EHSM e PLR, utilizando como controle positivo a Nistatina 100.000UI/mL. Quanto à análise estatística, além da interpretação descritiva, foi aplicado o teste Two-Way ANOVA e o Teste de Tukey. Dessa forma, observou-se que todas as terapias testadas exibiram atividades antifúngica e antibiofilme. Todavia, quando comparadas tais atividades entre elas e ainda com a Nistatina, verificou-se que: a TFDA apresentou a maior atividade inibitória de crescimento microbiano (p<0,05), semelhante a Nistatina, seguida pelo EHSM, exibindo o PLR a menor atividade antifúngica e a TFDA juntamente com o EHSM representaram as terapias com maior atividade antibiofilme (p<0,0001), atuando ambas de forma semelhante a Nistatina. Nesse sentido, foi possível concluir que todas as terapias estudadas possuem atividades antifúngica e antibiofilme frente às cepas do gênero Candida testadas, com destaque para a atividade inibidora de crescimento microbiano da TFDA e a atividade antibiofilme da TFDA e do EHSM, sendo tais atividades semelhantes às atividades da Nistatina.Dissertação Atividades preventivas realizadas pelos cirurgiões-dentistas do PSF de Natal-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-03-22) Almeida, Gilmara Celli Maia de; Ferreira, Maria ângela Fernandes; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767285D3; ; http://lattes.cnpq.br/5694096571543495; Jamelli, Sílvia Regina; ; http://lattes.cnpq.br/4682603119477532; Costa, Iris do Céu Clara; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794938J9; Almeida, Maria Eneide Leitão de; ; http://lattes.cnpq.br/9421873316721844; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784162H0&dataRevisao=nullO Programa Saúde da Família (PSF) apresenta-se como modelo reestruturador na atenção básica, e as práticas de prevenção e promoção em saúde são partes integrantes nesse contexto. Neste sentido, objetivou-se conhecer as práticas preventivas em saúde bucal realizadas pelos dentistas do PSF do município de Natal-RN, assim como de que forma são desenvolvidas, as bases de conhecimento norteadoras das condutas e a utilização de instrumentos de avaliação pelos dentistas e pela Coordenadora de Saúde Bucal. Para tanto, obteve-se uma lista dos dentistas inseridos no PSF de Natal em março de 2006 (n=91) para realização de uma entrevista estruturada. Após excluir aqueles com menos de seis meses de PSF e considerar a perda, entrevistou-se 80 dentistas. A entrevista continha questões sobre procedimentos preventivos em âmbito individual e coletivo, fontes de embasamento para desenvolvimento das atividades e verificação do impacto e instrumentos de avaliação. Além disso, realizou-se uma entrevista com a Coordenadora de Saúde Bucal sobre o processo avaliativo e a existência de protocolo, assim como análise documental no SIA-SUS (Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS), SIAB (Sistema de Informação de Atenção Básica) e Pacto de Indicadores. As atividades principais em âmbito individual foram a Orientação de Higiene Bucal (87,5%) e Aplicação Tópica de Flúor (ATF) com 95%.Em âmbito coletivo prevaleceu atuação a grupos de escolares (91,25%), sendo a ATF realizada pelos 91,25% e as atividades educativas por 86,25%, principalmente através de palestras (61,25%).Orientações sobre câncer de boca foram destacadas no grupo de idosos (39,96%) e hipertensos e diabéticos (19,51%), assim como integração com a equipe de saúde que foi respectivamente de 21,93% e 39,02%. As palestras e rodas de conversa foram as principais atividades para idosos, hipertensos e diabéticos, e também foram expressivas às gestantes. No grupo de gestantes e bebês predominou orientação de higiene e dieta. No que concerne a instrumentos de avaliação, 73,75% dos dentistas relataram não existir. Apesar disso 73,75% consideraram que as ações têm impacto, principalmente devido melhor higiene e redução no índice de cárie de crianças. As principais fontes de embasamento são a experiência clínica (42,5%) e cursos de capacitação (33,75%), sendo a necessidade da população e realidade local citada por apenas 7,5%. A Coordenadora de Saúde Bucal relacionou os Indicadores do Pacto de Atenção e registros do SIA-SUS como fonte de avaliação, mas destacou a ausência de levantamento epidemiológico. Relatou o aumento de escovação supervisionada como resultado positivo, e destacou a dificuldade do profissional de atuar na família e em equipe. Os registros do SIASUS demonstraram que individualmente utiliza-se predominantemente ATF gel e em âmbito coletivo a escovação supervisionada, além de observar que atividades educativas no Estabelecimento de Saúde predominam em detrimento a ações na Comunidade. Diante dos resultados, verificou-se atuação em diferentes grupos, mas com maior atenção a escolares, assim como direcionamento das atividades à cárie dentária, existindo pouca ênfase a outros problemas bucais. Além disso, não existem instrumentos epidemiológicos ou dados da realidade local para norteamento das condutas e como parte do processo de planejamento e avaliaçãoDissertação Avaliação da qualidade de vida, terapia comunitária integrativa, apoio familiar e satisfação com os serviços de saúde entre idosos com e sem sintomas de depressão(2016-07-28) Silva, Vanessa de Lima; Araújo, Aurigena Antunes de; ; http://lattes.cnpq.br/3531154240424211; ; http://lattes.cnpq.br/3614110463222791; Rodrigues, Francisco das Chagas; ; http://lattes.cnpq.br/0263106589335216; Almeida, Gilmara Celli Maia de; ; http://lattes.cnpq.br/5694096571543495A depressão é um transtorno mental que afeta todas as faixas de idade, no entanto com o envelhecimento demográfico da população mundial, se configura como um problema de saúde pública para os idosos, uma vez que pode afetar a qualidade de vida e aumentar o risco de morte nesta fase da vida. Um dos principais desafios para a política de atenção à saúde do idoso, diz respeito ao rastreamento da depressão. Além disso, tão importante quanto rastear os indivíduos com sintomas de depressão, faz-se necessário identificar fatores que podem contribuir ou agravar esses sintomas. Algumas variáveis podem afetar e agravar a depressão, entre eles, os fatores socioeconômicos, a satisfação dos pacientes com os serviços de saúde e a relação familiar que podem comprometer a qualidade de vida dos idosos. Sendo assim, o presente trabalho tem o objetivo de comparar entre idosos não institucionalizados que apresentam ou não sintomas de depressão, a qualidade de vida, aspectos sociais, econômicos e clínicos, uso de antidepressivo e/ou ansiolíticos, terapia comunitária integrativa, apoio familiar e a satisfação com os serviços de saúde. Trata-se de um estudo transversal do tipo caso-controle, sendo os casos formados por indivíduos com score maior que 5 na Escala de Depressão Geriátrica (EDG) e os controles, idosos com score na EDG menor ou igual a 5, realizado no Centro de Apoio Psicossocial das zonas Oeste e Leste e Centro Especializado na Atenção à Saúde do Idoso, respectivamente na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Foram utilizados os seguintes instrumentos de coleta de dados: Questionário Socioeconômico Demográfico e Clínico, Family Assessmente Device (FAD), World Health Organization Quality of Life-BREF (WHOQOL-BREF) e de Escala de Avaliação da Satisfação dos Usuários com os Serviços de Saúde (SATIS-BR). Variáveis sócio-demográficas e clínicas entre os grupos caso e controle foram comparados usando o teste qui-quadrado e análise de variância (ANOVA). Os escores do WHOQOL-BREF, FAD, e SATIS-BR escores foram comparados usando ANOVA. Foram considerados significantes os valores de p <0,05. O grupo de casos foi formado por 54 idosos e o controle foi formado por 61 idosos. No grupo de casos 51,85% da possui diagnóstico de depressão e no grupo controle 27,87%, apresentando um p = 0,007. Quanto à qualidade de vida, o grupo de casos apresentação um comprometimento no domínio das relações sociais (p = 0,003). O FAD identificou a solução de problemas como principal comprometimento familiar sendo para os casos, valores 2,09±0,70, enquanto controles 2,04±0,54 (p= 0,040). . Quanto à satisfação com os serviços de saúde na faceta satisfação com o local onde é oferecido o serviço, o grupo de casos apresentou maior satisfação, (3,03±1,04), enquanto os controles (2,92±0,80) estavam menos satisfeitos (p = 0,007). A baixa renda e escolaridade da população idosa contribuem para o aparecimento dos sintomas depressivos. Porém, a terapia farmacológica com antidepressivos/ansiolíticos não se mostra totalmente eficaz na remissão dos sintomas depressivos e a terapia comunitária integrativa se mostra como uma estratégia associada a terapia farmacológica para tratamento dos sintomas depressivos.Dissertação Caracterização fenotípica e molecular da resistência antimicrobiana em Acinetobacter sp: ênfase aos β-lactâmicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-05-14) Lopes, Maria Carolina Soares; Melo, Maria Celeste Nunes de; ; http://lattes.cnpq.br/0580551464788795; ; http://lattes.cnpq.br/4214776419683163; Motta Neto, Renato; ; http://lattes.cnpq.br/6909091962347443; Almeida, Gilmara Celli Maia de; ; http://lattes.cnpq.br/5694096571543495As Infecções Hospitalares (IH) se constituem na principal causa de morbidade e mortalidade em pacientes hospitalizados. Relatos de isolamentos de Acinetobacter multirresistentes a partir de espécimes clínicos obtidos de pacientes internados bem como do ambiente hospitalar são cada vez mais frequentes. Assim, esse projeto tem como objetivo caracterizar fenotipica e molecularmente, isolados de Acinetobacter spp. quanto à susceptibilidade aos antimicrobianos. Os isolados de Acinetobacter foram coletados em quatro hospitais localizados na cidade do Natal-RN, no período de 2013 a 2014. A identificação dos isolados foi realizada através de provas laboratoriais convencionais, através do sistema MALDI-TOF e através da pesquisa do gene blaOXA51. A susceptibilidade aos antimicrobianos foi avaliada pela metodologia de disco-difusão. Para a droga tigeciclina, a concentração inibitória mínima (CIM) foi determinada através do E-test . Além disso, foram realizados testes de triagem para as enzimas AmpC, ESBL e Carbapanemases e pesquisa dos genes para as carbapenemases (IMP-1, VIM-1, NDM-1, KPC-2, OXA-23,OXA-24,OXA-58,OXA-143), através da técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Não houve 100% de concordância entre os resultados obtidos pelas técnicas utilizadas para a identificação dos isolados. 90% e 81,8% das amostras foram identificadas como A.baumannii pelos testes convencionais e MALDI-TOF, respectivamente e a positividade do blaOXA51 aconteceu em 97,1% das amostras . No ambiente hospitalar, os locais mais contaminados por essa espécie foi a bancada de procedimentos e o piso. A maioria (58,2%) das cepas de Acinetobacter apresentaram resistência à três ou mais classes de antibióticos. A positividade no teste para detecção de AmpC foi de 5,8%, no Teste de Hodge foi de 61,1% e para o teste de detecção de Metallo-β-lactamase foi de 78,5%. Nenhuma amostra se mostrou produtora de ESBL. Os genes mais encontrados, além do blaOXA51 foram o blaOXA23 e blaOXA143. A média da prevalência de Acinetobacter nos hospitais estudados foi de 7,6% em amostra clínicas e de 12,8% nas amostras do ambiente hospitalar, a sazonalidade foi demonstrada e vários fatores relacionados com a multirresistência foram estatisticamente relevantes. O elevado número de Acinetobacter multirresistente aos antimicrobianos, isolados a partir de pacientes e sobretudo das superfícies inanimadas dos hospitais é preocupante. Esse cenário pode comprometer tanto os tratamentos empíricos de pacientes em estado grave quanto às estratégias de controle de infecção hospitalar.Dissertação Efeitos do treino resistido na capacidade funcional e na reatividade pressórica em pacientes intradialíticos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-01) Figueirôa, Natália Maria Conceição; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; ; http://lattes.cnpq.br/9953301230987878; ; http://lattes.cnpq.br/9677921833641606; Almeida, Gilmara Celli Maia de; ; http://lattes.cnpq.br/5694096571543495; Oliveira, Rodrigo Azevedo de; ; http://lattes.cnpq.br/6614813674878856Pacientes com doença renal crônica (DRC) submetidos ao treinamento resistido durante a hemodiálise apresentam benefícios substanciais dos sistemas muscular e cardiovascular, da capacidade funcional e da sua qualidade de vida. Entretanto, as melhorias na reatividade pressórica ainda não estão bem esclarecidas. O objetivo foi analisar o efeito do treino resistido na melhora da capacidade funcional e da reatividade pressórica em pacientes hemodialisados, em Natal/RN no ano de 2014. Trata-se de um ensaio clínico controlado e randomizado, com amostra de 64 pacientes, com média de idade de 42,28 (±11,48) anos, distribuídos em grupo experimental (GE) e controle (GC). Para mensurar os ganhos de força de membros inferiores foram utilizados os testes de sentar e levantar e de levantar e caminhar, já para a reatividade pressórica o teste cold pressor, em ambos os grupos antes e após a intervenção. Além disso, apenas o GE participou do treinamento resistido durante a hemodiálise em 16 semanas, composto por 3 sessões semanais, 3 séries de 10 repetições máximas (RM) estimadas (para extensores de joelho e flexores de quadril e joelho), entre 50 a 70% de 10 RM. Para a intensidade do treinamento foi utilizada a escala de Borg entre 11 a 14 durante as seções. Os dados foram analisados utilizando o Teste t para amostras independentes (inter-grupos) bem como para comparar a diferença das médias nos grupos pré e pós-intervenção (intra-grupos) a partir do Teste t para amostras repetidas. Para todas as variáveis foi considerada a significância estatística de 5% executados no software SPSS® 20.0. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL - UFRN) número 37992214.2.0000.5292. Após a intervenção, verificou-se que os pacientes do GE tiveram um desempenho melhor nos testes de força (p<0,001) em comparação ao GC. Resultado também observado na pressão arterial sistólica e diastólica (PAS e PAD) ambas de repouso que apresentaram redução dos níveis pressóricos apenas no GE (p<0,001). Na reatividade pressórica tanto nos períodos pré bem como após 2 minutos também demonstraram reduções estatisticamente significativas do GE (p<0,001 e p=0,012) respectivamente quando comparado ao GC. Conclui-se que o treinamento resistido melhorou desempenho nos testes de força de membros inferiores beneficiando a capacidade funcional dos pacientes em hemodiálise, como também a pressão arterial de repouso e os níveis de reatividade pressórica obtiveram reduções significativas de seus valores após a intervenção. Além disso, este tipo de treinamento também pode ser utilizado como uma estratégia de proteção aos fatores de risco cardiovascular em pacientes renais crônicos.Dissertação Emergência de enterococcus sp. resistentes à vancomicina na cidade do Natal-RN(2019-02-22) Oliveira, Emília Sousa de; Melo, Maria Celeste Nunes de; ; ; Andrade, Vânia Sousa; ; Almeida, Gilmara Celli Maia de;Surtos e dispersões clonais do gênero Enterococcus resistente à vancomicina (ERV) vêm ocasionando um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. No Brasil, diversos estudos já reportaram esse cenário por ERV, sendo a maioria ocasionado pelas espécies Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium. O objetivo desse estudo foi caracterizar, a nível molecular, isolados de ERV de pacientes oriundos de diferentes hospitais de Natal/RN. Foram analisados 62 isolados de cultura de vigilância e de outros espécimes clínicos de ERV de 51 pacientes de 7 hospitais, no período de dois anos (2015-2016). Os isolados foram identificados a nível de espécie por primers específicos sodA e ddl pela técnica de Reação de Cadeia em Polimerase (PCR). A susceptibilidade aos antibióticos foi avaliada por disco-difusão, fita contendo antibiótico (vancomicina) em gradiente e diluição em ágar (teicoplanina) (EUCAST, 2018; CLSI, 2018). As pesquisas para os determinantes da resistência à vancomicina (vanA/vanB) e da virulência (cylA/asa1/gelE/esp) foram analisadas pela PCR. A relação clonal foi observada pela técnica de Eletroforese em Campo Pulsado (PFGE) e isolados representativos dos principais clones foram também avaliados pela técnica de Tipagem por Sequenciamento de Multilocus (MLST). Sessenta e um isolados foram identificados como Enterococcus faecalis e somente um como Enterococcus faecium. A resistência à vancomicina, ciprofloxacina, tetraciclina e eritromicina foram observados em todos os isolados, e 98,4% foram resistentes à teicoplanina. A CIM para vancomicina e para a teicoplanina observada foi de 16 até ≥ 256 µg/ml e 4 até 64µg/L, respectivamente. Ademais, 88,7% (n=55) e 40,3% (n=25) dos isolados também foram resistentes à gentamicina e estreptomicina, respectivamente. Nenhum isolado foi resistente à linezolida ou ao cloranfenicol. Somente o E. faecium foi resistente à ampicilina. Todos os isolados apresentaram o gene vanA. A ocorrência dos fatores de virulência para E. faecalis incluiu gelE (98,4%; n=60), asa1 (100%; n=61), cylA (16,4%; n=10) e esp (9,8%; n=6). Dois perfis PFGE foram identificados: clone A (50,8%; n=31) e clone B (49,18%; n=30). Os MLST dos isolados representantes foram tipados como ST525 e ST6. Os dois perfis clonais foram co-circulantes nos hospitais pesquisados durante o período do estudo. Essa pesquisa destacou uma alta taxa de colonização de pacientes por E. faecalis resistente à vancomicina com operon vanA e uma disseminação silenciosa de dois clones previamente associados a infecções humanas no Brasil (ST525) e no mundo (ST6). Embora a emergência do ERV em Natal permaneça sem esclarecimento, a disseminação inter-hospitalar durante um longo período de tempo destaca a necessidade de medidas preventivas que possam conter esse cenário de potencial epidemia de infecções por ERV.Tese Epidemiologia da multimorbidade na população brasileira(2017-05-15) Carvalho, Januse Nogueira de; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; ; http://lattes.cnpq.br/9953301230987878; ; http://lattes.cnpq.br/1267578526139059; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da Costa; ; http://lattes.cnpq.br/0023445563721084; Lyra, Clelia de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; Almeida, Gilmara Celli Maia de; ; http://lattes.cnpq.br/5694096571543495; Brandão, Gisetti Corina Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/7592017135371757A presença simultânea de duas ou mais doenças ou condições crônicas em um indivíduo denomina-se multimorbidade. Conhecer a ocorrência desta condição na população é relevante e tem sido objeto de estudo nos últimos anos, uma vez que impacta na qualidade de vida da população, além de ampliar a utilização e os gastos dos serviços de saúde. Este estudo teve como base os dados da Pesquisa Nacional de Saúde, inquérito domiciliar realizado no Brasil no ano de 2013 e teve como objetivo avaliar o perfil de multimorbidade da população brasileira (≥18 anos) e suas relações com variáveis socioeconômicas, demográficas, relacionadas ao estilo de vida e de uso de serviços de saúde. Foram incluídos dados de 60.202 participantes. Foi realizada uma análise descritiva para estimar as prevalências (%) de multimorbidade considerando um nível de confiança de 95%. Para observar a relação entre a presença de multimorbidade e as variáveis independentes realizou-se a análise multivariada mediante regressão de Poisson com variância robusta. Para observar as combinações entre as doenças crônicas foi realizada uma análise de clusters. Os resultados mostram um contingente populacional considerável de pessoas com duas ou mais doenças crônicas no Brasil. A prevalência de multimorbidade foi de 23,6% e foi maior entre mulheres (RP=1,46), pessoas da faixa etária de 60 anos ou mais (RP=6,44) , entre os que possuem planos privados de saúde (RP= 1,19) e que não possuem ocupação (RP= 1,21). Observou-se também uma maior prevalência entre indivíduos ex-fumantes (RP=1,38) e nas pessoas com obesidade (RP=1,74). O uso de serviços de saúde nos últimos 12 meses foi significativamente maior para os indivíduos com multimorbidade, entre os que realizaram consultas médicas (RP= 1,31), nos que tiveram internações (RP=2,12) e nos que tiveram atendimentos de urgência e emergência em domicílios (RP=3,75). A combinação de doenças crônicas mais frequente foi a hipertensão com a hipercolesterolemia (7,2%). Na análise de conglomerados quatro clusters de doenças foram identificados. Os padrões de agrupamentos mais prevalentes também foram associados a fatores socioeconômicos, demográficos e relacionados ao estilo de vida. O sexo feminino, o tabagismo e a obesidade foram fatores de risco comum a todos os clusters. A prevalência de multimorbidade da população brasileira variou de acordo com fatores socioeconômicos, demográficos, relacionados ao estilo de vida e também aumentou o uso serviços de saúde,e devem ser considerados no planejamento de serviços de saúde e desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento das múltiplas doenças ou condições crônicas.Tese Estafilococcias, colonização nasal por Staphylococcus spp. e os fatores associados em pacientes hospitalizados em Caicó-RN(2014-10-17) Almeida, Gilmara Celli Maia de; Lima, Kenio Costa de; ; ; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; ; Freitas, Marise Reis de; ; Uzeda, Milton de; ; Torres, Sandra Regina;As infecções por Staphylococcus têm sido cada vez mais evidentes nas últimas décadas, sendo este relevante em infecções humanas, principalmente em âmbito hospitalar. Os Staphylococcus, especialmente S. aureus e S. aureus resistente à meticilina (MRSA), destacam-se como colonizadores de feridas infectadas, as quais são fontes potenciais de contaminação cruzada em ambiente hospitalar. Assim, objetivou-se conhecer a prevalência de Staphylococcus spp. isolados de feridas em pacientes internados, verificar associação de fatores sociodemográficos, relativos à lesão e a internação com a presença de S. aureus e caracterizar os pacientes com presença de MRSA em ferida infectada e com colonização na mucosa nasal. Também foi objetivo da pesquisa identificar, a partir de prontuários médicos, a prevalência de estafilococcias e estreptococcias, verificando associação de fatores clínicos e relativos à internação com o tipo de infecção. A pesquisa foi dividida em duas etapas. Primeiramente, foram investigados os prontuários médicos dos pacientes internados no Hospital Regional do Seridó com estafilococcias ou estreptococcias entre 2008 e 2010 (n= 315), obtendo-se a prevalência das referidas infecções e a identificação de fatores como idade, sexo, sinais locais e sistêmicos, presença de comorbidades, local da infecção, realização de exames, tempo de internação e uso de antibióticos. Em um segundo momento da pesquisa, foram coletadas amostras em pacientes que apresentavam feridas e estavam internados na clínica médica, clínica cirúrgica ou Unidade de Terapia Intensiva do referido hospital. A coleta de amostras de ferida e da mucosa nasal foi realizada com swab estéril embebido em solução salina a 0,85%. No laboratório, o material foi semeado em ágar manitol salgado e incubado em estufa bacteriológica (37ºC-48 horas). As colônias com fermentação do manitol foram submetidas à coloração de Gram, teste da catalase e coagulase. Posteriormente, foram realizados antibiogramas para identificação de MRSA e, em seguida, realização de reação de polimerase em cadeia (PCR) para amplificação do gene mecA e confirmação das cepas de MRSA. Foi realizado teste do Qui-quadrado para verificar associação de variáveis independentes (idade, sexo, condições socioeconômicas, características da ferida, presença de doenças sistêmicas e fatores relativos à internação) com a presença de Staphylococcus em feridas. Mann Whitney e teste t de Student foram utilizados para verificar se havia diferença significativa entre as variáveis independentes e a colonização nasal por Staphylococcus spp. e entre as variáveis independentes e o tipo de infecção (estafilococcia e estreptococcia). Com base nos prontuários médicos, a classificação do tipo de infecção foi realizada em quase totalidade por critérios exclusivamente clínicos. Houve diferença significativa entre os grupos tratamento de estreptococcias e estafilococcias em relação a quantidade de antibióticos administrados (p=0,001) e número de dias internados (p<0,001), sendo maior no grupo com tratamento de estafilococcias. As feridas (n=125) foram de pacientes com idade média de 63.9 anos e 3.84 anos de estudo. A prevalência de Staphylococcus spp. em feridas foi 64.8% (n=81) e S. aureus 20% (n=25). Entre S. aureus, 32% (n=8) foram MRSA. A presença de S. aureus nasal (p<0,001), menos dias de antibiótico prévio à coleta (p=0,04) e hospitalização na clínica médica foram fatores associados à presença de S. aureus na ferida. MRSA foram isolados de indivíduos com uso prévio de antibióticos (37,5%), pacientes com 2 ou mais comorbidades (75%) e metade dos indivíduos com MRSA faleceram. Na análise de colonização nasal de parte dos pacientes da pesquisa (n=71), verificou-se que 44,4% apresentavam MRSA na narina, e aqueles com MRSA estavam significativamente associados ao tratamento prolongado com antibióticos (p=0,002). Diante dos resultados, verifica-se que as feridas são fontes de infecção por Staphylococcus, com expressiva frequência de S. aureus e MRSA. A mucosa nasal é um importante sítio para contaminação cruzada, com destaque para linhagens resistentes, principalmente quando há uso prolongado de antibióticos. Além disso, o diagnóstico de estafilococcias ocorre prioritariamente por critérios clínicos, o que pode contribuir para aumento da resistência dos microrganismos quando realizados tratamentos empíricos inadequados. Assim, há necessidade de cuidados voltados ao tratamento de feridas e cautela no uso de antibióticos em pacientes internados, para evitar disseminação de bactérias resistentes em ambiente hospitalar.Artigo Functional disability in women submitted to breast cancer treatment(Asian Pacific Journal Of Cancer Prevention, 2017) Souza, Dyego Leandro Bezerra de; Oliveira, Nayara Priscila Dantas de; Guedes, Thais Sousa Rodrigues; Holanda, Ayrton Martins; Reis, Mariane Albuquerque; Silva, Clecia Patrocínio da; Silva, Barbara Layse Rocha e Silva; Almeida, Gilmara Celli Maia de; https://orcid.org/0000-0001-8426-3120The objective of the study presented herein was to verify the prevalence of functional disability and its associated factors in women submitted to breast cancer treatment. A cross-sectional study was carried out, in 101 women diagnosed with malignant breast cancer neoplasm, who underwent cancer treatment at least 12 months before the study, and remained under clinical monitoring. Functional disability was measured by the DASH instrument. Data collection included variables related to socioeconomic characteristics, life habits, health conditions, clinical tumor characteristics and therapeutic approach. Bivariate analysis was carried out by Pearson’s chi-square test or Fisher’s exact test, calculating the prevalence ratio with a 95% confidence interval. Multivariate analysis utilized Poisson’s Regression with robust variance. A statistical significance of 0.05 was considered. Prevalence of functional disability in the studied sample was 22.8% (CI95% 13.9-31.6). Functional disability was statistically significantly associated with age (p = 0.035) and access to health services (p = 0.028). It was concluded that younger patients suffered higher impact of breast cancer treatment on disability. Regarding access to health services, women that received public clinical monitoring reported higher occurrences of functional disability. This pointed towards the necessity of more organized, less bureaucratic, and effective health services in the assistance network, directed to the minimization of the impacts of cancer treatment on health and life conditions of breast cancer survivorsArtigo Nasal colonization by Staphylococcus sp. in inpatients(2014) Almeida, Gilmara Celli Maia de; Lima, Nara Grazieli Martins; Santos, Marquiony Marques dos; Melo, Maria Celeste Nunes de; Lima, Kenio Costa deObjective To analyze nasal colonization by Staphylococcus sp. its resistance to methicillin, and associated factors in inpatients. Methods Nasal sample collection, antimicrobial susceptibility tests, and analysis of medical records of inpatients (n=71) were performed, and a questionnaire was applied. Data were analyzed by descriptive and inferential statistics using the chi-square, Student’s t, and Mann-Whitney tests (α=5%). Results Nearly half (44.4%) of the patients who were significantly associated with prolonged antibiotic treatment (p=0.02) was infected with methicillin-resistant Staphylococcus sp.. A significant association was observed between patients with sensitive strains and absence of antibiotic treatment prior to sample collection (p=0.02) or absence of wounds (p=0.003). Conclusion Strains of methicillin-resistant Staphylococcus sp. were found, and there was no significant difference between the S. aureus species and the coagulase-negative Staphylococci groups, which indicates the degree of spread of methicillin resistance among different species of Staphylococcus.Dissertação Perfil de resistência de cepas de pseudomonas aeruginosa em três centros de saúde do Estado do RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-12) Castro, Jenielly de Noronha Ferreira de; Motta Neto, Renato; ; http://lattes.cnpq.br/6909091962347443; ; http://lattes.cnpq.br/4357187902075718; Melo, Maria Celeste Nunes de; ; http://lattes.cnpq.br/0580551464788795; Almeida, Gilmara Celli Maia de; ; http://lattes.cnpq.br/5694096571543495O crescente aumento da resistência aos antimicrobianos em Pseudomonas aeruginosa é um exemplo notável de como as bactérias podem manter e expressar novas informações genéticas que conferem resistência a uma ou várias drogas. No presente estudo avaliou-se a susceptibilidade aos antimicrobianos em isolados de P. aeruginosa em três grandes centros de referência do Estado do Rio Grande do Norte: Laboratório Dr. Almino Fernandes (LACEN-RN), Laboratório de Análises Clínicas do HUOL e Laboratório de Análise Clínicas do Hospital Giselda Trigueiro (HGT). Os isolados foram obtidos entre janeiro de 2013 e junho de 2014, onde 113 cepas foram isoladas de diversas amostras clínicas por demanda espontânea. A espécie de P. aeruginosa foi identificada inicialmente nos laboratórios de origem e confirmada, através de testes fenotípicos, no Laboratório de Micobactérias (LABMIC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN. A determinação da susceptibilidade deu-se através do Teste de Disco Difusão. Após determinação do perfil de resistência, as amostras foram submetidas à avaliação fenotípica confirmatória. Do total de 113 isolados 67,2% (n = 76) apresentaram perfil de resistência a, pelo menos, uma classe de antimicrobianos. Todas as cepas de P. aeruginosa foram susceptíveis a Polimixina B. As maiores taxas de resistência foram verificadas frente à Ofloxacina (57,5%), ciprofloxacina (55,7%), Norfloxacina (55,7%), ticarcilina-ácido clavulânico (43,3%), ceftazidima (41,5%), Meropenem (39,8%), Aztreonam e Cefepime (38,9%). A frequência de resistência foi menor frente à imipenem (36,2%), tobramicina (36,2%), piperacilina-tazobactam (36,2%) e amicacina (28,3%). Das 113 cepas estudadas, 46 (40,7%) apresentaram resultados fenotípicos positivos para produção de β-Lactamases do tipo AmpC. 50 (44%) apresentaram resistência a, pelo menos, um dos carbapenêmicos avaliados, e estas foram submetidas ao teste de detecção fenotípica para produção de Metallo Beta Lactamase - MβL. Das 50 amostras com resistência a carbapenêmicos, 21 (42%) apresentaram teste fenotípico positivo para produção de metallo-β-lactamase a partir do teste de bloqueio enzimático, sendo presuntivamente consideradas produtoras de MβL. A partir dos dados obtidos, concluímos que a identificação precoce de patógenos e a análise da resistência de microrganismos aos antimicrobianos constituem importante ferramenta para auxiliar os clínicos no tratamento de infecções. Dessa forma, conhecer o perfil de susceptibilidade aos antibióticos de P. aeruginosa pode nortear a escolha de terapia empírica.Artigo Prevalence and factors associated with wound colonization by Staphylococcus spp. and Staphylococcus aureus in hospitalized patients in inland northeastern Brazil: a cross-sectional study(2014) Almeida, Gilmara Celli Maia de; Santos, Marquiony Marques dos; Lima, Nara Grazieli Martins; Cidral, Thiago André; Melo, Maria Celeste Nunes de; Lima, Kenio Costa deBackground Infections by Staphylococcus spp. are often associated with wounds, especially in hospitalized patients. Wounds may be the source of bacteria causing cross-contamination, and are a risk factor for methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) infection. The aim of this study was to investigate the prevalence of wound colonization by Staphylococcus spp., especially S. aureus and MRSA, in hospitalized patients, and to identify the factors associated with such colonization. Methods This cross-sectional study enrolled patients with wounds who were hospitalized in a remote and underdeveloped inland region of northeastern Brazil with extreme poverty. Samples were collected using sterile swabs with 0.85% saline solution, and coagulase-negative Staphylococcus spp., S. aureus, and MRSA were identified using standard laboratory procedures. Data regarding the sociodemographic characteristics, antibiotic use, and comorbidities of the patients were collected using the medical records and a questionnaire. Results A total of 125 wounds were analyzed. The patients had a mean age of 63.88 years and a mean 3.84 years of school education. Eighty-one wounds (64.80%) were colonized by Staphylococcus spp. Twenty-five wounds (20%) were colonized by S. aureus, 32% of which were colonized by MRSA. Wound colonization by Staphylococcus spp. was associated with pneumonia or other respiratory disease (p = 0.03). Wound colonization by S. aureus was associated with nasal colonization by S. aureus (p < 0.001), fewer days of prior antibiotic use (p = 0.04), admission to a medical ward (p = 0.02), and age >65 years (p = 0.05). Among patients with wound colonization by MRSA, 37.50% had a history of prior antibiotic use, 75% had two or more comorbidities, 25% had cancer or diabetes, 50% had cardiovascular disease, and 50% died. Conclusions Wounds can be the source of Staphylococcus spp. infection, and high proportions of wounds are colonized by S. aureus and MRSA. Nasal colonization by S. aureus may be a source for wound colonization by S. aureus, illustrating the importance of preventing cross-contamination in hospital environments, especially among elderly patients. Wounds should be carefully managed to prevent microbial spread, thereby assisting patient recovery and reducing healthcare costs.Dissertação Prevalência de Staphylococcus aureus e Staphylococcus aureus resistente à meticilina no meio ambiente bucal de pessoas idosas domiciliadas e acamadas, e fatores associados à essa colonização(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-03-21) Tavares, Isabelle Lisiany de Lima; Melo, Maria Celeste Nunes de; https://orcid.org/0000-0002-9826-4981; http://lattes.cnpq.br/0580551464788795; https://orcid.org/0000-0001-8685-3327; http://lattes.cnpq.br/2268942016005418; Brandão, Deysiane Oliveira; Almeida, Gilmara Celli Maia deA população idosa é a que mais cresce demograficamente em todo o mundo. Como consequência, ocorre o aumento de pessoas idosas na condição de domiciliadas ou mesmo acamadas, com variados graus de dependência. Com o envelhecimento, o sistema imunológico se torna menos eficiente, gerando comprometimentos sistêmicos na pessoa idosa, que se torna mais vulnerável a possíveis infecções bacterianas por patógenos multirresistentes. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência de Staphylococcus aureus e Staphylococcus aureus resistente à Meticilina (MRSA) colonizando o meio ambiente bucal de pessoas idosas domiciliadas, acamadas ou não, bem como avaliar fatores associados à essa colonização. Foram coletadas amostras do ambiente bucal de 263 idosos no período de agosto a novembro de 2023, no município de Natal/RN. As amostras foram coletadas com auxílio de swab, que foram colocados em solução salina e encaminhados ao laboratório de pesquisa. As amostras foram inoculadas em caldo de enriquecimento BHI (Brain Heart Infusion Broth) e após incubação foram semeadas no meio de cultivo seletivo ágar manitol salgado. As colônias sugestivas de Staphylococcus aureus foram reisoladas com posterior identificação através de provas laboratoriais convencionais e espectrometria de massa (MALDI-TOF). A identificação da linhagem MRSA foi realizada pelo método do disco-difusão, utilizando o antimicrobianocefoxitina. A mesma técnica foi usada para avaliar o perfil de susceptibilidade a outros antimicrobianos. Dados relacionados a fatores sociodemográficos e acesso, cuidados e condições de saúde geral e bucal foram coletados mediante a aplicação de um questionário. A prevalência de idosos colonizados por S. aureus foi 13,3% (n=35) e para MRSAfoi de1,5%(n=4). As cepas de MRSA foram resistentes à penicilina, eritromicina e clindamicina. Após a realização da análise multivariada, as variáveis que tiveram associação significativa com a presença de S. aureus foram autopercepção de saúde geral (p=000,5) e dificuldade na alimentação (p=000,6). A saúde geral ruim e a dificuldade na alimentação por motivo de dor foram os fatores que contribuíram para a colonização por S. aureus. A presença de S. aureus em especial da linhagem MRSA colonizando pessoas idosas pode representar um risco à saúde dessa população, sobretudo pela sua maior vulnerabilidade imunológica.Dissertação Projeções e tendências da mortalidade por melanoma no Brasil, de 1998 a 2032(2016-06-03) Siqueira, Camila Alves dos Santos; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; ; ; Almeida, Gilmara Celli Maia de; ; Barbosa, Isabelle Ribeiro;INTRODUÇÃO: O melanoma maligno de pele é um dos principais tipos de câncer de pele, com baixa incidência, contudo, alta letalidade. OBJETIVO: Realizar projeções e analisar as tendências de mortalidade por melanoma, no período de 1998 a 2032, no Brasil e em suas regiões. METODOLOGIA: Estudo ecológico, com dados de mortalidade por melanoma maligno de pele, obtidos no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), e dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A análise dos óbitos compreendeu o período de 1998 a 2012. Para projeção dos dados, foi usado o software Nordpred, que consta no programa R, considerando-se o modelo idade-período-coorte. Foram calculadas se as modificações ocorridas com o tempo resultam de mudanças populacionais ou no risco de óbito pela doença. Como método de análise de tendências, utilizou-se a Regressão loglineal (Joinpoint regression), com taxas padronizadas pela população mundial, para estimar a porcentagem anual de mudança, com o intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: No período de 1998 a 2012, estima-se que houve 21.706 mortes por melanoma (12.436 homens e 9.270 mulheres), cujas projeções para períodos futuros revelou, entre 2013 e 2032, um aumento para 46.245 mortes (27.112 homens e 19.133 mulheres), com taxas padronizadas pela população mundial de 1,03 mortes/100.000 habitantes para homens e de 0,62 mortes/100.000 habitantes para mulheres no último período observado, ao passo que o último período projetado revelou taxas padronizadas de 0,92 mortes/100.000 habitantes para homens e de 0,51 mortes/100.000 habitantes para mulheres. A análise das tendências de mortalidade resultou, no Brasil, em redução para homens (APC = -0,4; IC95%= -0,6; -0,1; p<0,01) e mulheres (APC = -0,8; IC95%= -0,9; -0,7; p<0,01). A região Centro-oeste teve aumento para os dois sexos, em oposição ao Sudeste, com redução em ambos. O Norte apresentou estabilidade para homens e aumento para mulheres, enquanto o Sul teve redução em homens e estabilidade em mulheres; e, por fim, o Nordeste revelou um joinpoint para cada sexo. Nos homens, com o primeiro período de aumento e outro de estabilidade; e, nas mulheres, com estabilidade seguida de redução. DISCUSSÃO: A avaliação das tendências de mortalidade por melanoma permitiu identificar semelhanças e diferenças regionais quanto aos padrões encontrados. Em todas as regiões, houve maior quantitativo de morte em homens, fato justificado por comportamentos de maior exposição aos riscos, bem como ao diagnóstico mais tardio, o que eleva o risco de morte. A modificação no número de mortes ao longo do tempo no país decorreu, essencialmente, da mudança na estrutura e tamanho populacional, exceto em relação à região nordeste em homens e centro-oeste em homens e mulheres, cujo aumento está também relacionado ao aumento no risco de morrer por melanoma. Taxas mais altas de mortalidade foram registradas em locais nos quais há maior percentual de brancos, e naqueles em que há melhores indicadores sociodemográficos. O fato possivelmente está associado a melhor qualidade no registro das informações, bem como a melhores condições diagnósticas. Ressalta-se, também, a necessidade de uma atenção para os trabalhadores expostos ao risco de câncer de pele, o que reforça a necessidade de uma vigilância em saúde bem realizada e centrada na integralidade da atenção. CONCLUSÕES: Os resultados encontrados revelaram a existência de regiões de maiores taxas de mortalidade, o que pode estar associado a determinantes individuais, tais como o fenótipo e o comportamento, bem como ao ambiente, no que tange à exposição aos fatores de risco. Os achados foram condizentes com a literatura, que evidenciou maiores taxas em locais de maior poder aquisitivo, neste caso, Sul e Sudeste, acompanhadas de tendências a redução ao longo do tempo. Ademais, a maior mortalidade em homens, merece atenção de políticas, visto que, normalmente o diagnóstico ocorre em fases mais avançadas da doença para este grupo de pessoas. Para tanto, são essenciais ações de promoção da saúde e atenção para criação de políticas preventivas no combate da doença, principalmente relacionadas à educação em saúde, voltada para a prevenção por meio da diminuição da exposição a fatores de risco, além de hábitos de vida saudáveis.TCC Qualidade das próteses dentárias ofertadas na atenção básica e seus impactos na qualidade de vida dos usuários(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018) Dantas, Lucas Richter de Oliveira; Pessoa, Daniela Mendes da Veiga; Almeida, Gilmara Celli Maia de; Garcia, Túlia Fernanda MeiraOBJETIVO: Avaliar a qualidade das próteses dentárias ofertadas pela rede pública de saúde e seus impactos na qualidade de vida dos usuários. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado em Caicó-RN, Brasil, entre abril e setembro de 2017. Foram incluídos 127 participantes e avaliadas 188 próteses dentárias. Os dados clínicos e sociodemográficos foram obtidos por formulário próprio, os indicadores de saúde bucal por critérios estabelecidos pelo SB Brasil 2010 (MS, 2010) e o impacto da saúde bucal na qualidade de vida pelo instrumento validado Oral Health Impact Profile-14. RESULTADOS: 80,3% das próteses examinadas estavam inadequadas. A maior prevalência do impacto da saúde bucal na qualidade de vida esteve associada aos usuários com prótese inadequada (RPa: 2,023/IC:1,300-3,150) e com baixa escolaridade (RPa: 1,310/IC: 1,072-1,600), a menor prevalência entre aqueles que usavam prótese dentária inferior (RPa:0,796/IC:0,682-0,930). CONCLUSÃO: As próteses dentárias inadequadas impactaram na baixa qualidade de vida do usuário.Dissertação Susceptibilidade aos antibióticos e aos biocidas clorexidina e cloreto de benzalcônio em isolados clínicos de Acinetobacter baumannii(2019-02-28) Évora, Bruna Helena Silva Rendall; Melo, Maria Celeste Nunes de; ; ; Fernandes, José Veríssimo; ; Almeida, Gilmara Celli Maia de;A espécie bacteriana Acinetobacter baumannii se destaca não somente como um dos principais patógenos envolvidos em infecções relacionadas a saúde (IRAS) em pacientes hospitalizados, particularmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), mas também pela grande capacidade de aquisição de mecanismos de resistência aos antimicrobianos. Recentemente, a redução da susceptibilidade aos biocidas como antissépticos e desinfetantes vem sendo relatado em muitas espécies, incluindo em A. baumannii. Assim, objetivo dessa pesquisa foi determinar o perfil de susceptibilidade aos antibióticos e aos biocidas clorexidina e cloreto de benzalcônio de cepas de A. baumannii provenientes de amostras clínicas de hospitais gerais da cidade de Natal, Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. As amostras foram coletadas entre Março de 2013 a Março de 2014. Foram identificadas através de provas bioquímicas convencionais e confirmadas pela pesquisa do gene blaOXA-51 e pelo sistema MALDI-TOF e, estocadas em freezer a -20°C no Laboratório de Bacteriologia Médica da UFRN. Essa pesquisa foi realizada com 135 cepas de A. baumannii, as quais foram avaliadas quanto à susceptibilidade aos antibióticos comumente utilizados na prática clínica, pelo método de disco difusão (Kirby-Bauer) e quanto a resistência aos carbapenêmicos pelo teste do sinergismo disco duplo contendo EDTA (ácido etilenodiaminotetracético). A susceptibilidade aos biocidas foi avaliada pela determinação da concentração inibitória mínima, utilizando o método de microdiluição em caldo, segundo recomendações do CLSI. Além disso, foi aplicada a técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR) para a detecção de genes que codificam as carbapenemases IMP-1, VIM-1, NDM-1, OXA-23, -24, -58, -143 e as bombas de efluxo QacE, AdeB e AdeJ. Foi observado um perfil de multirresistência (MDR) aos antibióticos em 70,37% (95/135) dos isolados e 44,21% (42/95) destes, foram extensivamente resistentes (XDR) ao apresentarem resistência a todos os antibióticos, com exceção à tigeciclina, cuja resistência foi observada em apenas um isolado. A resistência aos carbapenêmicos foi observada em 71,85% (97/135). Setenta e sete isolados foram positivos para a produção de metalobetalactamases (MBLs) no qual apenas as enzimas NDM-1 e IMP-1 foram detectadas em 15,85% e 2,06% desses isolados, respectivamente. Os genes blaOXA-23 e blaOXA-143 foram os mais prevalentes, representando 90% e 28% dos isolados, respectivamente. Quanto a avaliação da susceptibilidade aos biocidas, 19,25% (26/135) dos isolados apresentaram susceptibilidade reduzida a clorexidina e 40% (54/135) ao cloreto de benzalcônio. A presença dos genes para as bombas de efluxo AdeB e AdeJ foram positivas na maioria dos isolados correspondendo a 115 (85,19%) e 129 (95,85%), respectivamente, mas estatisticamente não mostraram associação significativa com a tolerância aos biocidas testados (p<0,05). Enquanto que a presença do gene qacEmostrou relação significativa (p=0,0006) com a susceptibilidade reduzido a clorexidina, estando presente em 46,15% (12/26) dos isolados tolerantes a esse composto. Outra associação significativa foi observada entre a susceptibilidade reduzida ao cloreto de benzalcônio com o perfil de multirresistência dos isolados. As cepas de A. baumannii com um perfil de alta resistência compromete enormemente o tratamento de infecções por esse micro-organismo, assim como limita de forma importante os agentes utilizados no processo de higienização e desinfeção hospitalar. Deve haver, portanto, uma vigilância permanente quanto a transmissão cruzada em ambientes hospitalares e buscar o uso de biocidas mais eficazes.