PPGCS - Mestrado em Ciências Sociais
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Navegando PPGCS - Mestrado em Ciências Sociais por Autor "Almeida, Maria da Conceição Xavier de"
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Dissertação Eça de Queiroz e a cozinha burguesa: literatura e alimentação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-08-01) Silva, Michelle Cristine Medeiros da; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703941Y0; ; http://lattes.cnpq.br/1788932483645882; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; Lima, Hermano Machado Ferreira; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4779318A3Utilizar a literatura para problematizar o tema da alimentação, propriamente a cozinha burguesa, foi o propósito deste trabalho. Como corpus, utilizamos uma das obras de Eça de Queiroz, A cidade e as Serras. Serviram como referenciais teóricos o conceito de cozinha universal de Claude Lévi-Strauss, além daquele apresentado pelo sociólogo Jean Claude Fischler que a compreende como um sistema cultural alimentar que comporta representações, crenças e práticas de um grupo específico. Após a leitura inicial do romance e construção de um arquivo com informações gerais sobre a obra, espacialidades para elaboração de um material de análise foram assim pensadas a priori: a obra, personagens, comidas, intelectuais e geografias. Percebemos a cozinha como um epicentro para a compreensão da cultura de um grupo específico: neste caso, o burguês. Propusemos um modelo quaternário para sistematizá-la: a cozinha burguesa é aquela que põe em relevo a técnica, que tem afeição por aquilo que é raro e/ou caro apesar de consumi-lo com temperança, que estabelece uma nova relação com o uso do tempo e que, por fim, inaugura o ritual que envolve frequentar restaurantes e cafés. O exercício de pensar a cozinha burguesa por meio da literatura sugere que esta possa produzir na formação de nutricionistas a ampliação de suas capacidades de compreensão do objeto complexo com o qual lidam em sua profissão: a alimentaçãoDissertação Feiras livres : cidades de um só dia, aprendizados para a vida inteira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-02-08) Lucena, Thiago Isaias Nóbrega de; ; alineguimaraes@hotmail.com; ; http://lattes.cnpq.br/5008016804933601; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; Oliveira, Josineide Silveira de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796363D5A presente dissertação problematiza constelações criativas de saberes marcados por múltiplas subjetividades em um espaço singular das cidades: a feira-livre. Lugar de trocas comerciais, mas também afetuais, simbólicas e míticas, esse espaço se mantém ao lado dos estabelecimentos mercantis assépticos e climatizados como são os supermercados e hipermercados dos espaços urbanos e das metrópoles. As feiras, por seu caráter itinerante e seus personagens nômades modernos, são capazes de suscitar múltiplas observações, divagações, afecções e construção de conhecimentos. Na feira livre do bairro do Alecrim na cidade de Natal, nordeste do Brasil, principal contexto de referência desta pesquisa, em meio a tantos estímulos mobilizadores dos órgãos dos sentidos, salta aos olhos o elevado contingente de crianças e adolescentes exercendo as mais diversas atividades laborais. No Brasil o trabalho infantil é enquadrado em proibições prescritas por leis que recobrem singularidades. Sem a pretensão de negar a importância de tais convenções e regras, as reflexões aqui colocadas ultrapassam as amarras homogeneizantes do discurso oficial de proibição, problematizando a partir da feira a idéia de uma caótica e pulsante sala de aula ao ar livre na qual se constroem saberes mais próximos de uma lógica do sensível (Claude Lévi-Strauss). A feira é um laboratório de construção de conhecimentos pertinentes (Edgar Morin), aqueles que religam fenômeno e contexto sem opor manipulação e tempo real de aplicabilidade dos saberes construídos. Nessa escola sem muros, portas, janelas, quadros-negros ou programas, os saberes da tradição (Conceição Almeida) são experimentados e compartilhados por crianças e adolescentes que convivem diuturnamente com um tipo de troca de bens e palavras em permanente construção. Nas bancas da feira e para além delas encontramos sujeitos híbridos (Bruno Latour) que se estruturam por meio de mecanismos criativos capazes de fazê-los navegar nas incertezas caóticas de suas vidas. Os aprendizados da feira foram ou são a pulsão de reinvenção desses sujeitos aparentemente encarcerados no conformismo como fatalidade última, portadores de histórias grávidas de simbologias tristes e felizes que expõem a face de um humano em permanente combustão, construção e incertezaDissertação Uma risada nos salvará: compreendendo o riso com base no resgate do olhar de aproximação(2014-04-22) Fregonesi Neto, Luiz; ; ; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; ; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; Silva, Gustavo de Castro da;A ideia contida numa afirmação de Derrida segundo a qual “o divino não foi ainda corrompido por Deus”, é central neste trabalho de pesquisa. Não que eu me ocupe do tema, mas por recuperar uma discussão importante no ambiente das Ciências Sociais. Uma coisa é a experiência do divino que provoca os corpos a se sentarem em torno da mesa; outra coisa é o Deus abstrato da razão que, histórica e socialmente, conseguiu colocar cooperativamente lado a lado cristianismo, igrejas e Estados totalitários. Uma coisa, portanto, é o pensamento que resgata a experiência no ato do conhecimento, se cola a ela; outra coisa é o conceito que nomina “desde fora” da experiência de mundo. Estamos acostumados à essa “confusão tranquila” representada por conceitos como este, provocada pelo olhar de distanciamento, que vê a terra como um planeta azul, postura esta que, enxergando superfícies planas e universais, dificultanos o olhar desde o diverso, o ambíguo e a porosidade, comuns a todas elas. Trata-se de problematizar este olhar e tal postura, que nos empurram inexoravelmente à elaboração de saberes quase sempre positivos e conclusivos, deixando pouco espaço para continuarmos indagando e ampliando nosso campo de visão. Trata-se também de recuperar a proximidade, nos permitindo perceber que o planeta azul, além de possuir outras cores, tem inúmeras e diferentes superfícies, uma multiplicidade de cheiros e que, caso aproximarmos ainda mais o olhar do corpo ao planeta, iremos nos deparar inevitavelmente com a complexidade que a realidade “terra, planeta azul” comporta, nos fazendo ver que este conceito, assim como os conhecimentos em geral, são sempre incompletos, dizem pouco a respeito da imensidão do real. Trata-se, enfim, de recuperar uma postura ética no ato do conhecimento com vistas à construção de saberes significativos e importantes. Quem está mais apto a dizer o que é ou não significativo e importante senão o nosso corpo que, num movimento constante de abertura e relação com o mundo, ainda espera das ciências uma atenção aos problemas da nossa vida?