PPGCS - Mestrado em Ciências Sociais
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/11986
Navegar
Navegando PPGCS - Mestrado em Ciências Sociais por Autor "Aires, Jussara Danielle Martins"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Histórias e relatos sobre Pipa: a praia internacional do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-02-27) Aires, Jussara Danielle Martins; ; http://lattes.cnpq.br/4596655243422487; ; http://lattes.cnpq.br/5271545240817342; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785750H3; Coriolano, Luzia Neide Menezes Teixeira; ; http://lattes.cnpq.br/4477795642535596A avassaladora engrenagem que impulsionou o turismo, enquanto principal atividade econômica de Pipa - distrito outrora agrário e pesqueiro, pertencente ao município de Tibau do Sul/RN - produziu mudanças significativas nos aspectos sociais, econômicos e culturais da população nativa desse lugar onde as relações sociais eram estreitas e fundamentadas, em alguns casos, pela linha de parentesco, num ambiente onde todos se conheciam. No entanto, não podemos observar a emergência dessa atividade apenas como desarticuladora voraz de antigas formas de sociabilidade locais que, em um processo linear, destrói o velho, substituindo-o pelo novo. Novas composições são geradas mesclando elementos do passado e presente. Superando a oposição simplista aos impactos positivos ou negativos do turismo, buscamos principalmente, nesta dissertação, rever a história de Pipa (contada em forma de narrativa), mostrando como aos poucos este distrito tornou-se um importante destino turístico internacional e de que forma seus moradores foram sendo tragados pelo redemoinho que as levou à presente realidade. A pesquisa utilizou metodologia qualitativa e fundamentou-se em levantamento fotográfico, bibliográfico e na própria observação, experiências, relatos orais e escritos adquiridos em campo. Realizamos entrevistas em profundidade (história oral) com sujeitos que constituem a memória viva do lugar moradores locais (majoritariamente nativos). Constatamos que diante do processo de modernização decorrente da pressão exercida pela própria globalização e pelo capital resultante do investimento turístico, a população nativa não é passiva. Pelo contrário: ela resiste, criando mecanismos de reformulações materiais e simbólicas. Por ser o presente dinâmico, a identidade de um lugar não é a cristalização de seu passado. Muitas paisagens ainda revelam materialidades de tempos passados, como inscrição das práticas sociais na construção do lugar