PPGNEURO - Mestrado em Neurociências
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Navegando PPGNEURO - Mestrado em Neurociências por Autor "Araújo, Draulio Barros de"
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Dissertação Avaliação quantitativa da introspecção na literatura histórica e sua associação a grafos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-03-01) Silva, Marina Tatiane Ribeiro da; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; ; http://lattes.cnpq.br/8146595829494576; Araújo, Draulio Barros de; ; http://lattes.cnpq.br/7818012155694188; Copelli, Mauro; ; http://lattes.cnpq.br/9400915429521069Variações temporais de introspecção já foram associadas à mudança da forma do pensamento. Em especial, a Era Axial (período de 800 BC a 200 BC), supostamente denota um período de transição entre uma mente bicameral para uma mente mais reflexiva. Outros argumentam que o período é caracterizado meramente por desenvolvimento sócio-econômico, em vez de mudança de mentalidade. Uma mente bicameral seria caracterizada por alucinações auditivas, vozes interiores associadas a agentes externos, como deuses moralizadores no lugar de vontade própria. Tais respostas auditivas são expressas em pacientes diagnosticados com esquizofrenia, que também podem apresentar pouca conectividade na fala, conhecida como desordem da forma do pensamento, que seria o pensamento “descarrilhado” apresentado na fala. A baixa conectividade é exibida pela Recorrência de Longo Alcance, a habilidade de conectar o contexto atual com algo que foi dito anteriormente. Em grafos não-semânticos, a Recorrência de Longo Alcance é representada pelo Maior Componente Fortemente Conectado. Dessa maneira, não é exagero assumir que ambos, baixa conectividade e introspecção, poderiam estar associados a variações na forma do pensamento. Alguns estudos mostram o efeito da educação sobre a baixa conectividade, inclusive, sugerem que este atributo da fala teria amadurecido durante a Era Axial, apoiando, assim, a hipótese de uma mudança de mentalidade durante o período. Outra hipótese seria a de que a transição entre tradições orais para alfabetização estaria intrinsecamente ligada à uma transição de menor para maior introspecção, respectivamente. Além disso, o uso computacional do Processamento de Linguagem Natural, como Análise Semântica Latente, permitiu uma medida quantitativa de introspecção em textos das tradições Judaico-Cristãs, Greco-Romanas e da Era Moderna. Portanto, propomos a análise quantitativa de introspecção em textos de 9 tradições históricas (≥ 4500 anos), além de sua evolução temporal e relação com a conectividade da fala. Com o uso de Análise Semântica Latente e grafos não-semânticos, nossos resultados mostram que mudanças de introspecção ocorreram durante a Era Axial e outros períodos caracterizados por desenvolvimento econômico. No mais, a introspecção tem uma relação direta com a Recorrência de Longo Alcance, sugerindo que variações na linguagem estão associadas a mudanças na introspecção e na maneira de pensar.Dissertação Estudo comportamental e eletroencefalográfico do desempenho da tarefa Go/No-Go ao longo do ciclo menstrual(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-04) Lima, Luana Adalice Borges de Araújo; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; Souza, Rafaela Faustino Lacerda de; http://lattes.cnpq.br/8488760386226790; http://lattes.cnpq.br/1794031731087670; Araújo, Draulio Barros de; https://orcid.org/0000-0002-6934-2485; http://lattes.cnpq.br/7818012155694188; Campos, Tânia FernandesO comportamento motor envolve o controle adaptativo do movimento e depende de mecanismos provenientes da percepção e cognição que planejam e executam diferentes ações complexas de movimentos de natureza inata ou adquiridos pela aprendizagem. Os hormônios esteroides, por sua vez, atuam como fatores de transcrição participando em vias de sinalização e modulação de funções neurais, entre elas a função motora. Evidências demonstram que os esteroides sexuais influenciam a neurotransmissão no sistema nervoso central, afetando a qualidade do desempenho feminino em tarefas motoras, destacando a importância da inibição e do controle motor no comportamento humano. O presente estudo investigou se a atividade cortical e variáveis relacionadas à atividade muscular esquelética apresentam mudanças em três fases do ciclo menstrual (menstrual, folicular e luteal) em 30 mulheres durante um Protocolo Go/No-Go. Esse protocolo incluiu pares de estímulos auditivos (1º estímulo = S1; 2º estimulo = S2) que foram agrupados em dois tipos gerais: centrado em S1 e centrado em S2. Na tarefa centrada em S1, a decisão é tomada após S1 e a execução/inibição motora ocorre após S2. Nas tarefas centradas em S2, a tomada de decisão e execução ou inibição ocorre somente após S2. A atividade cortical foi registrada por meio de eletroencefalografia (EEG) e analisou os ritmos alpha (8-13Hz), beta (15-30Hz) e beta 1 (15-23Hz), nas regiões frontal medial (Fz), central esquerda (C3) e central direita (C4). As relações entre essas medidas de EEG e os resultados comportamentais Go/No-Go e ERSPs foram avaliadas. Através do teste de Friedman a atividade comportamental diferiu significativamente no tempo de reação e acurácia entre o protocolo centrado S1 e S2, mas sem diferença significativa com relação às fases do ciclo menstrual. Foi encontrada uma correlação positiva moderada entre o tempo de reação e os níveis de progesterona no protocolo centrado em S1. Mudanças na atividade cerebral, com a geração da beta-ERS durante a iniciação do movimento na região frontal medial indicou um provável aumento no controle da inibição motora associado a níveis diminuídos de HSFs encontrados na fase menstrual. Ademais, as oscilações beta e alpha na região central esquerda, foram significativamente mais acentuadas nas fases folicular e luteal sugerindo uma modulação decorrente da elevação dos hormônios sexuais, estradiol e progesterona, no processamento e execução de tarefas motoras. Em resumo, este estudo pioneiro evidencia variações na cognição motora ao longo do ciclo menstrual em tarefas Go/No-Go, que poderão ter implicações na otimização do desempenho motor de mulheres durante o período reprodutivo, fornecendo uma base importante para futuras pesquisas e intervenções clínicas.Dissertação Marcadores espectrais de eletroencefalografia observados durante os efeitos agudos da ayahuasca e sua relação com a experiência psicodélica(2017-07-27) Pessoa, Jéssica de Andrade; Araújo, Draulio Barros de; Andrade, Katia Cristine; http://lattes.cnpq.br/6857122254359658; https://orcid.org/0000-0002-6934-2485; http://lattes.cnpq.br/7818012155694188; http://lattes.cnpq.br/2379904330327992; Miguel, Mario André Leocádio; http://lattes.cnpq.br/9973095281534917; Tofoli, Luis Fernando Farah de; http://lattes.cnpq.br/5025236380342711A ayahuasca é uma bebida com propriedades psicodélicas amplamente utilizada por populações indígenas da região amazônica. Esse preparo contém a triptamina psicodélica N,N-dimetiltriptamina (DMT), e inibidores da monoamina oxidase (iMAO), como harmina e harmalina. A ayahuasca é considerada um psicodélico serotonérgico, e que pode levar a um estado alterado de consciência com semelhanças a uma experiência onírica, com intensas alterações na percepção, pensamentos, humor, emoção, e experiências tidas como místicas. Correlatos neurais dos efeitos agudos da ayahuasca têm sido investigados por diferentes técnicas de neuroimagem funcional, incluindo a eletroencefalografia (EEG). Neste trabalho exploramos mudanças espectrais de EEG em 50 voluntários saudáveis, utilizando desenho randomizado duplo-cego placebo-controlado. Metade recebeu uma sessão com a ayahuasca, a outra metade com placebo. Após a administração da substância, os voluntários foram monitorados durante 4 horas por um equipamento de EEG. A fim de melhorar a qualidade dos dados, os voluntários foram solicitados a realizar 2 tarefas simples em três instantes específicos: antes da ingestão, 2h e 4 horas após a ingestão. Na primeira tarefa, deveriam tentar permanecer acordados, e intercalar períodos de 20 segundos de olhos abertos, e 40 segundos de olhos fechados, durante 5 minutos. Na segunda tarefa, eles deveriam permanecer de olhos fechados, tentando se manter acordados, por outros 5 minutos. A análise espectral (2h) revelou que a potência de alfa é significativamente menor no grupo ayahuasca que no placebo nas regiões occipital e temporoparietal à direita. Encontramos, ainda, aumento significativo em 2h na potência de teta na região temporoparietal à direita. A análise de correlação revelou correspondências entre a potência de alfa (2h) e a pontuação obtida em duas escalas sensíveis aos efeitos de psicodélicos - a Hallucinogen Rating Scale (HRS) e o Mystical Experience Questionnaire (MEQ). Apresentamos, ainda, achados de traçados curiosos, encontrados na inspeção visual dos traçados de EEG. De modo geral, nossos resultados sugerem que a inibição das oscilações alfa em regiões posteriores do cérebro desempenha papel importante na experiência psicodélica, talvez compartilhando mecanismos presentes durante a experiência onírica.