Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária por Autor "Andrade, Vânia Sousa"
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Dissertação Atividade antifúngica do óleo essencial de Lippia grata Schauer frente Candida albicans e dermatófitos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-24) Sales, Fábio do Nascimento; Andrade, Vânia Sousa; https://orcid.org/0000-0003-4138-4373; http://lattes.cnpq.br/9327124853897215; http://lattes.cnpq.br/7461951524172543; Bastos, Rafael Wesley; https://orcid.org/0000-0001-6781-9617; http://lattes.cnpq.br/3333946080391361; Ximenes, Eulália Camelo Pessoa de AzevedoEspécies do gênero Candida são responsáveis por cerca de 80% das infecções fúngicas graves, sendo a espécie Candida albicans a mais comumente isolada nestes casos, além de ser associada frequentemente a infecções fúngicas cutâneas e mucocutâneas. Dentre os fungos filamentosos responsáveis por micoses cutâneas em humanos, os dermatófitos, um grupo de fungos estritamente relacionados, afetam 25% da população mundial. Nas últimas décadas, tanto às espécies de Candida quanto de dermatófitos passaram a apresentar resistência aos antifúngicos. Diante desse contexto, percebe-se uma busca incessante da comunidade científica por protótipos moleculares que apresentem potencial antifúngico, como os de origem vegetal, devido a suas muitas propriedades antimicrobianas descritas na literatura. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica do óleo essencial da planta Lippia grata Schauer contra Candida albicans e diferentes espécies de fungos dermatófitos. O óleo essencial foi obtido a partir do processo de hidrodestilação, com posterior análise de seu teor percentual (%) e fitoquímica realizada por cromatografia gasosa associada à espectofotometria de massas. A bioatividade do óleo essencial obtido da planta Lippia grata foi investigada sobre 26 amostras fúngicas pela determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) por microdiluição em caldo e Concentração Fungicida Mínima (CFM) em meio sólido, enquanto a atividade sinérgica foi avaliada utilizando o método “checkerboard”. Os testes de quantificação da produção de biofilme e atividade antibiofilme do óleo essencial de Lippia grata foram realizados utilizando o cristal violeta para mensurar as densidades ópticas obtidas. O rendimento do óleo essencial de Lippia grata foi de 2.45%. Foram identificados quatro principais fitoconstituintes na caracterização química do óleo essencial de Lippia grata: carvacrol (51.4%) como constituinte majoritário, timol (15.6%), ρ-cimeno (12.2%) e γ-terpineno (7.4%). Constatou-se atividade antifúngica do óleo essencial de Lippia grata para 100% das cepas testadas com CIM e CFM variando entre 390.62 μg/mL a 3.125 μg/mL para cepas de Candida albicans. Para dermatófitos, a CIM variou entre 48.82 μg/mL a 390.62 μg/mL, enquanto a CFM variou de 48.82 μg/mL a 781.25 μg/mL. Somado a isso, na avaliação da CFM foi possível observar que o óleo apresentou ação fungicida contra todas as cepas do presente estudo. Com relação à avaliação do efeito de combinação de drogas, observou-se interação sinérgica (25%) e aditiva (75%) sobre as cepas testadas. Os resultados para a formação de biofilme revelaram que 100% das cepas foram produtoras de biofilme. Para as cepas de Candida albicans, 4 (22.22%) foram fracas produtoras, 5 (27.77%) moderadas produtoras e 9 (50%) fortes produtoras. Para as cepas de dermatófitos, todas foram fortes produtoras. Para a atividade antibiofilme do óleo essencial (IC50%) verificou-se inibição de biofilme variando de 42.36% a 94.89% para Candida albicans e 29.94% a 88.42% para dermatófitos, quando essas cepas foram pós-tratadas com as concentrações de CIM e 2xCIM do óleo essencial de Lippia grata. Quanto à erradicação de biofilme (CMEB80%), notou-se que as concentrações testadas foram capazes de erradicar a maioria dos biofilmes em formação das cepas testadas. Concluiu-se que o óleo essencial de Lippia grata apresentou alta atividade antifúngica, motivando novos estudos com o intuito de desenvolvimento futuro de fitofármacos para o tratamento de infecções fúngicas.Dissertação Atividade antifúngica e antibiofilme da fração Ag2 do extrato de Agelas dispar frente espécies de Candida(2020-02-11) Vital Júnior, Antonio Carlos; Andrade, Vânia Sousa; ; ; Fernandes, José Veríssimo; ; Stoianoff, Maria Aparecida Resende;Os biofilmes microbianos constituem-se especialmente de uma barreira estrutural que dificulta a terapêutica antimicrobiana, possuindo um papel relevante nas enfermidades humanas. Para as leveduras do gênero Candida, os biofilmes caracterizam-se como um arranjo tridimensional complexo, constituídos por diferentes formas celulares incorporadas a uma matriz de substância polimérica extracelular. Nas últimas décadas se tornou crescente a busca por compostos naturais para o tratamento de infecções microbianas com o intuito de obter novas alternativas frente aos mecanismos de resistência aos antimicrobianos, incluindo aqueles induzidos por biofilmes. A esponja marinha, Agelas dispar (Família Agelasidae) vem sendo mencionada como uma fonte bioativa, em virtude dos seus metabólitos secundários, os derivados alcaloides, que apresentam atividade farmacológica significativa. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi determinar a atividade antifúngica e antibiofilme da fração Ag2 do extrato metanólico de A. dispar sobre cepas de leveduras do gênero Candida produtoras de biofilme. A atividade biológica de Ag2 foi averiguada em 13 espécies de Candida, avaliando a Concentração Inibitória Mínima (CIM) pela técnica de microdiluição em caldo e pelo método da Concentração Fungicida Mínima (CFM). A quantificação da formação do biofilme e atividade antibiofilme do extrato foi realizada com o cristal violeta e mensurada as densidades ópticas obtidas. Foi encontrada atividade antifúngica para 13 cepas, com CIM variando entre 2,5 mg/mL e 0,1562 mg/mL e CFM apresentou valores oscilando de 5,0 mg/mL a 0,3125 mg/mL frente espécies de Candida. Os resultados da formação do biofilme indicaram que todos as estirpes foram produtoras de biofilme, sendo 10 (77%) cepas fracas produtoras e 3 (23%) moderadas produtoras. Sendo, 10 (77%) cepas fracas produtoras e 3 (23%) moderadas produtoras. As espécies C. krusei, C. glabrata e C. parapsilosis foram utilizadas no teste da atividade antibiofilme (em formação e maduro), resultando em inibição da viabilidade celular (IC50%) variando entre 49,6% a 57,6%, 70,5% a 76,3% (biofilme em formação) e 42,8% a 67,2%, 63,3% a 78,8% (biofilme maduro) quando as referidas cepas foram pós-tratadas, respectivamente, com as concentrações de 1,25 mg/mL e 2,5 mg/mL da fração Ag2. A Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), permitiu a visualização da atividade antibiofilme, diminuição quantitativa da comunidade microbiana, alteração estrutural e destruição a nível celular tanto no biofilme em formação quanto no maduro. Concluiu-se que a fração Ag2 do extrato metanólico de A. dispar apresentou atividade antifúngica e natureza do tipo fungicida, reduzindo a carga microbiana, além de mostrar eficiência em induzir modificações na morfologia estrutural das leveduras envolvidas no biofilme, conforme observados no MEV. Os resultados sugerem que, a Ag2 atua a nível de membrana plasmática e/ou parede celular das leveduras e pode ser uma estratégia terapêutica antifúngica e antibiofilme promissora frente as diferentes espécies de Candida.Dissertação Atividade antimicrobiana e efeito sinérgico entre o derivado sintético 4-Hidroxicumarina e anfotericina B frente cepas de Candida albicans(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-26) Souza, Monalisa Silva de; Andrade, Vânia Sousa; Luz, Jefferson Romáryo Duarte da; https://orcid.org/0000-0003-4138-4373; http://lattes.cnpq.br/9327124853897215; http://lattes.cnpq.br/9355901092568662; Stoianoff, Maria Aparecida Resende; Melo, Maria Celeste Nunes deAs infecções fúngicas tornaram-se um grande desafio diante do impacto da resistência aos antifúngicos usuais na conduta terapêutica, além da falta de implementação de técnicas de diagnóstico mais avançadas nas unidades públicas de saúde. Concomitantemente, observa-se um maior número de casos, refletindo em aumento da incidência das doenças fúngicas, tanto em condições de imunossupressão como em pacientes imunologicamente hígidos em processos infecciosos adquiridos por via exógena. As espécies do gênero Candida continuam sendo as mais implicadas nas infecções fúngicas invasivas, as quais notoriamente desencadeiam altos índices de mortalidade. Diante desse cenário, houve um aumento na busca pelo desenvolvimento de novos agentes antifúngicos, assim como a implementação de estratégias para prevenir a candidemia. Estudos com produtos bioativos derivados de plantas, que historicamente apresentam propriedades biológicas bem consolidadas e que demonstram segurança quanto a toxicidade, vêm sendo avaliados para uma aplicação mais concreta. Dentre os compostos em estudo, ressalta-se as cumarinas e seus derivados, como a 4-Hidroxicumarina, o qual possui atributos importantes, incluindo propriedades antiviral, antitumoral e anticoagulante. Diante desse contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica do composto fenólico sintético 4- Hidroxicumarina sobre cepas de Candida albicans, bem como analisar os efeitos sinérgicos entre esse composto e o antifúngico anfotericina B. A atividade biológica da 4–Hidroxicumarina foi averiguada em 17 cepas de Candida albicans, a partir da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) pela técnica de microdiluição em caldo e pelo método da Concentração Fungicida Mínima (CFM). Para a verificar o efeito sinérgico, através do método de Checkerboard, foram selecionadas 5 cepas da espécie C. albicans, considerando critérios de patogenicidade entre as 17 cepas e os valores de CIM encontrados. Constatou-se atividade antifúngica, para 15 das 17 cepas testadas com CIM variando entre 5,0 e 0,625 mg/mL, e CFM variando entre 5,0 a 1,25 mg/mL. Com relação a avaliação do efeito sinérgico entre o composto sintético e o antifúngico, observouse que essa combinação apresentou caráter aditivo e indiferente frente algumas cepas. Concluiuse que a 4 - Hidroxicumarina apresenta potencial antifúngico, em sua maioria de natureza fungistática, ou seja, reduz a carga leveduriforme, porém mostrou-se pouco eficaz com relação ao efeito sinérgico quando associada a Anfotericina B, um antifúngico reconhecido como fungicida, sugerindo que a 4 - Hidroxicumarina poderá constituir uma estratégia promissora na terapêutica antifúngica.Dissertação Atividade antiproliferativa e citotóxica do óleo essencial e extrato hidroalcóolico provenientes da Lippia grata SCHAUER(2019-03-08) Costa, Sara Ester de Lima; Andrade, Vânia Sousa; ; ; Fernandes, José Veríssimo; ; Albuquerque, Cynthia Cavalcanti de;A Caatinga um bioma rico com uma flora bem adaptada ao seu clima predominante, o semi-árido, onde algumas dessas plantas possuem propriedades medicinais, destacando-se entre elas a Lippia grata (antiga Lippia gracilis), conhecida como alecrim-da-chapada. Essa espécie da família Verbenaceae é usualmente utilizada para tratamento de afecções de garganta e estômago, através chás e infusões. O objetivo do presente estudo foi avaliar a citotoxicidade e atividade anti-proliferativa decorrente do uso do óleo essencial e extrato hidroalcóolico da L. grata em linhagem celular de adenocarcinoma gástrico (AGS) in celula. Para isso, foi avaliada a viabilidade celular por meio da redução do brometo 3-(4,5-Dimetiltiazol-2-il)-2,5- difeniltretazólico (MTT), ensaio clonogênico e citometria de fluxo, bem como a análise dos componentes químicos presentes no óleo essencial através de cromatografia gasosa associada a espectrometria de massa. A viabilidade celular foi avaliada nos períodos de 24 h, 48 h e 72 horas nas concentrações de 125, 250, 500, 750 e 1000 µg/mL para a redução do MTT tanto nas células AGS quanto na linhagem celular normal, de fibroblasto murino (3T3). Foi observada morte celular semelhante para AGS no período de 48 h e 72 h e discretamente em 24 h, tanto em relação ao óleo quanto ao extrato; a linhagem 3T3 apresentou morte celular apenas na maior concentração no período inicial, e durante 48 h e 72 h valores semelhantes a partir da concentração de 500 µg/mL. O ensaio clonogênico revelou redução em 100% da formação de colônias das células AGS. A citometria de fluxo revelou que o tratamento das células AGS com 500 µg/mL por 48 h foi melhor utilizando-se o óleo em detrimento do extrato, revelando 54,4% e 14% de células em apoptose tardia, respectivamente. Os componentes majoritários da análise fitoquímica do óleo essencial foram carvacrol (49,9%) seguido do timol (15,7%). Os resultados revelam um alto potencial antiproliferativo e anti-cancerígeno do óleo essencial e extrato da L. grata frente à linhagem AGS, derivada do câncer gástrico, pela indução da apoptose, quando comparado às células 3T3, sugerindo sua citotoxicidade seletiva para células malignas. Estes resultados são promissores e motivam a realização de novos estudos com os produtos obtidos das folhas da L. grata, visando avaliar farmacologicamente se viáveis no tratamento dos distúrbios gástricos.Dissertação Atividade microbiana e citotóxica de óleo essencial e extratos orgânicos provenientes da Myracrodruon urundeuva (Aroeira-do-sertão)(2017-01-30) Araújo, Ítalo Diego Rebouças de; Andrade, Vânia Sousa; Fernandes, José Verissimo; http://lattes.cnpq.br/0816505737639163; Bastos, Lysete Maria de Assis; Rachetti, Vanessa de Paula SoaresAtualmente, vêm intensificando-se os estudos na área de química medicinal com intuito de elucidar novos fitofármacos, seja através da obtenção de extratos, frações, compostos isolados ou óleos essenciais que apresentem algum tipo de atividade biológica. Neste contexto, destaca-se a aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva), da família Anacardiaceae, já estudada quanto ao potencial antimicrobiano, anti-inflamatório e cicatrizante. Motivado por novas alternativas terapêuticas, considerando a crescente resistência microbiana, esse estudo avaliou a atividade antimicrobiana de produtos naturais obtidos das folhas da referida planta. Dentre estes está um óleo essencial, que foi extraído por hidrodestilação, caracterizado por RMN e GC-MS, e avaliado quanto à citotoxicidade, além de extratos orgânicos, que foram analisados quanto à atividade antimicrobiana: metanólico liofilizado, obtido por decocção; clorofórmico e acetato de etila, extraídos à temperatura ambiente com seus respectivos solventes e filtrados sob pressão reduzida. A atividade antibacteriana foi avaliada pela técnica da microdiluição em caldo, na qual as CIMs foram determinadas utilizando CTT (cloreto de 2,3,5-trifenil-tetrazolium) como revelador do crescimento bacteriano, e as CBMs por meio da análise do crescimento do conteúdo dos poços em ágar BHI. A citotoxicidade do óleo foi avaliada pelo método do MTT, brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil tetrazólio. O óleo, na caracterização química, dentre os terpenos identificados, apresentou como constituinte majoritário o α-pineno (87,85%). Além disso, tal óleo mostrou atividade antibacteriana frente a todas as cepas testadas, onde para algumas destas ocorreu equivalência entre os valores de CIM e CBM, que foram de 0,22 mg/mL para Staphylococcus aureus, 0,44 mg/mL para Salmonella Enteritidis e 7 mg/mL para Pseudomonas aeruginosa. Já para Staphylococcus epidermidis a CIM foi 0,11 mg/mL e a CBM 0,22 mg/mL. Escherichia coli foi inibida com CIM de 0,88 mg/mL e CBM de 1,75 mg/mL. Equivalência entre CIM e CBM foi observada para extrato metanólico frente a S. epidermidis (9,75 mg/mL). Para S. aureus, a CIM deste extrato foi de 9,75 mg/mL e a CBM 78 mg/mL. Foram resistentes a tal extrato: E. coli, S. Enteritidis e P. aeruginosa. Os extratos clorofórmico e acetato de etila foram bacteriostáticos frente às cinco cepas, porém, o clorofórmico inibiu todas estas com CIM de 15 mg/mL, enquanto o acetato de etila apresentou CIMs de 7,56 mg/mL para S. aureus, 1,89 mg/mL para S. epidermidis, 15,12 mg/mL para S. Enteritidis e 30,25 mg/mL tanto para E. coli quanto para P. aeruginosa. Quanto à citotoxicidade, o óleo essencial comprometeu a viabilidade celular da linhagem Vero E6, apenas na maior concentração, 4,4 mg/mL, inibindo cerca de 93,91% em 24h e 94,26% em 48h. Nas células HeLa, em 24h o óleo nessa mesma dose, teve inibição de 21%, que após 48h aumentou para 44,3%, mostrando possível ação antitumoral. Para a linhagem de células não tumorais HEK-293, o óleo não exerceu efeito tóxico sobre as mesmas. Conclui-se que os resultados são promissores, abrindo perspectivas futuras dos produtos das folhas de M. urundeuva serem farmacologicamente viáveis.Dissertação Avaliação da atividade antiviral de extratos obtidos da folha e fruto de Morinda citrifolia contra o vírus dengue(2017-02-23) Moreira, Polyanna Silva; Machado, Paula Renata Lima; Farias, Kleber Juvenal Silva; http://lattes.cnpq.br/8904316209025915; http://lattes.cnpq.br/9744152746941991; Peres, Nalu Teixeira de Aguiar; http://lattes.cnpq.br/4016244616460875; Andrade, Vânia Sousa; http://lattes.cnpq.br/9327124853897215A dengue é uma arbovirose que afeta o homem, gerando uma problemática na saúde pública do mundo, especialmente em países tropicais os quais apresentam condições que favorecem a disseminação do mosquito Aedes aegypti. Atualmente, dentre as várias estratégias para controle da doença, ainda não se tem uma vacina eficaz ou um antiviral capaz de combater essa infecção. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade antiviral de extratos obtidos da folha e frutos da planta Morinda citrifolia L. em cultura de células Vero infectadas com vírus dengue-2 (DENV-2). Inicialmente foram obtidos os extratos brutos (hidroetanólico) e as respectivas frações: hexano, clorofórmio e acetato de etila, analisados por cromatografia. O teste de citotoxicidade do extrato bruto, resíduo aquoso e frações foram realizados em cultura de células Vero pelo método MTT, nas concentrações de 1000; 500; 250; 125; 62,5; 31,2 μg/mL. O ensaio antiviral foi conduzido através das seguintes estratégias: células infectadas com DENV-2 (controle positivo); células mantidas com meio de cultura (controle negativo); células infectadas com DENV-2 e tratadas com o extrato ou frações. Após cinco dias de infecção a viabilidade celular foi avaliada pelo método de MTT e o sobrenadante da cultura foi utilizado para quantificação viral por unidade formadora de placa (PFU). Os resultados demonstraram que a análise cromatográfica dos extratos e frações revelou bandas distintas e sugestivas de saponinas, terpenos e flavonoides. Tais extratos e frações não foram tóxicos para as culturas de células, com exceção do tratamento das células com a fração clorofórmio obtido da folha e as frações hexano e acetato de etila do fruto verde, levando a uma viabilidade próxima de 65%. No ensaio antiviral o controle positivo apresentou viabilidade celular em torno de 60% após cinco dias de infecção. No tratamento com os compostos obtidos da folha observou-se que ao adicionar a fração de acetato de etila às células infectadas, estas mantiveram uma viabilidade celular próximo a 100% na concentração de 1000μg/mL e a 85% nas concentrações de 500 e 250μg/mL. O tratamento com a fração hexano apresentou uma viabilidade superior ao controle positivo em todas as concentrações. No entanto, na fração clorofórmio, a viabilidade manteve-se elevada apenas nas concentrações de 500 e 250μg/mL. O extrato bruto e a fração residual aquosa não demonstraram atividade antiviral. As células tratadas com o extrato e as diferentes frações obtidas dos frutos maduro e verde, apresentaram de um modo geral uma viabilidade celular próxima de 100% nas concentrações de 500 e 1000 μg/mL no fruto maduro e apenas 1000 μg/mL no fruto verde, com exceção das células que foram tratadas com a fração clorofórmio, na qual não foi possível observar nenhuma diferença significativa quando comparado ao controle positivo. Na quantificação viral observou-se que as células tratadas com as frações hexano e clorofórmio obtidos da folha e também os extratos brutos obtidos dos frutos maduro e verde tiveram ação antiviral, resultando na diminuição total da carga viral. Finalmente, a partir desse estudo podemos identificar uma possível atividade antiviral dos compostos obtidos de Morinda citrifolia contra o vírus dengue.Dissertação Efeito do alcalóide indólico Caulerpina nos modelos murinos de peritonite e edema de orelha(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-08-28) Silva, Ana Beatriz Ramalho da; Souto, Janeusa Trindade de; ; http://lattes.cnpq.br/6501426772186111; ; http://lattes.cnpq.br/7799277650925229; Andrade, Vânia Sousa; ; http://lattes.cnpq.br/9327124853897215; Panunto-Castelo, Ademilson; ; http://lattes.cnpq.br/7786123721113841O aparecimento de efeitos adversos associados ao uso dos corticosteroides tem impulsionado a busca de compostos derivados de produtos naturais com propriedades farmacológicas, para que possam ser usados como alternativa terapêutica anti-inflamatória. Dessa forma, o presente estudo buscou avaliar o potencial anti-inflamatório da caulerpina (CLP), alcaloide derivado de algas do gênero Caulerpa, nos modelos murinos de peritonite induzida por zimosan e edema de orelha induzido por xileno. Para isso, camundongos foram tratados oralmente com CLP nas doses de 4, 2, 1 mg/kg e dexametasona (1mg/kg) e 1 hora depois receberam zimosan (40 mg/kg) por via intraperitoneal. Decorridas 24 horas, foi coletado o lavado peritoneal e determinado o número de células. O mesmo procedimento foi repetido para avaliar a cinética de migração e a presença de citocinas no lavado peritoneal nos tempos de 6, 24 e 48 horas. Para o edema de orelha, os animais foram tratados com mesmas diferentes doses de CLP, seguido pela aplicação tópica do xileno (40μL) nas orelhas direitas, 1 hora após o tratamento. O nível de edema foi determinado a partir do cálculo do percentual de inibição e análise morfológica avaliados em secções iguais das orelhas removidas. No modelo de peritonite, o pré-tratamento com CLP reduziu a migração celular para a cavidade peritoneal nas doses de 4, 2 e 1 mg/kg, sendo a dose de 2 mg/kg a que apresentou resultado mais expressivo na inibição da migração celular. Na cinética de migração celular, usando a dose de 2 mg/kg de CLP, observou-se que essa foi capaz de inibir esse evento nos três tempos avaliados, após a administração do zimosan. E esse efeito se relacionou com a diminuição dos níveis de IL-1β e IL-6 no lavado peritoneal, durante a cinética estudada. No modelo de edema, observou-se que as três doses de CLP testadas agiram inibindo a formação do edema de orelha induzido por xileno, o que foi demonstrado através dos altos percentuais de inibição do processo (baseado no peso das secções das orelhas) e na preservação da morfologia tecidual das orelhas nos animais que receberam os tratamentos, sendo a dose de 2 mg/kg a que se mostrou mais eficiente nessa inibição. Assim, a CLP apresenta atividade anti-inflamatória nos modelos estudados e a dose de 2 mg/kg apresenta-se como dose-ótima em controlar a inflamação nos modelos de peritonite induzida por zimosan e edema de orelha induzido por xilol.Dissertação Prevalência e susceptibilidade antifúngica de candida spp implicadas na candídiase vulvovaginal em gestantes(2017-01-27) Brandão, Laise Diana dos Santos; Andrade, Vânia Sousa; Fernandes, José Verissimo; ; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; ; http://lattes.cnpq.br/9327124853897215; ; http://lattes.cnpq.br/7518781126538075; Stoianoff, Maria Aparecida Resende; ; http://lattes.cnpq.br/2208586595928201; Melo, Maria Celeste Nunes de; ; http://lattes.cnpq.br/0580551464788795A Candidíase Vulvovaginal (CVV) caracteriza-se como um processo infeccioso inflamatório da vulva e vagina, causado por leveduras do gênero Candida. Aproximadamente 75% de todas as mulheres grávidas experienciam pelo menos um episódio de CVV durante as suas vidas e 50% delas sofrem episódios recorrentes. As variações epidemiológicas relacionadas à CVV, e ausência de dados locais, sustentam a importância desse estudo, que objetivou a determinação da prevalência de Candida spp. responsáveis pela CVV em gestantes atendidas na Maternidade Escola Januário Cicco/RN, buscando possíveis associações entre esta e fatores como diabetes e uso de antibióticos. As metodologias clássicas (como o microcultivo) e atuais (utilizando Chromagar e identificação automatizada) foram empregadas, e seus resultados confirmados através de sequenciamento. Os perfis de susceptibilidade a antifúngicos foram determinados e, através do teste exato de Fisher, foi feita a busca por associação entre fatores relacionados às pacientes e a ocorrência de CVV. Os resultados da identificação foram compatíveis com o descrito na literatura por outros pesquisadores, com 95% das leveduras identificadas fenotipicamente como C. albicans, e 5% C. glabrata, relatada como espécie do tipo não-albicans mais frequentemente isolada de vulvovaginites. Quanto aos testes de susceptibilidade aos antifúngicos, realizados pelo método automatizado (Vitek 2), todas as cepas se mostraram sensíveis às drogas testadas (fluocitosina, fluconazol, voriconazol, anfotericina B, caspofungina e micafungina), inclusive o espécime de C. glabrata, que possui relatos de resistência, ou susceptibilidade dose dependente, aos derivados azólicos. Com relação aos fatores sociodemográficos, não foi constatada nenhuma associação, estatisticamente significativa, entre estes e o estabelecimento da CVV. Conclui-se, portanto, que o diagnóstico microbiológico da CVV é relevante para o tratamento, tendo em vista que todas as pacientes com suspeita clínica foram tratadas com antifúngicos logo após a coleta da amostra de secreção vaginal, mas apenas 48,78% destas, foram realmente positivas, sendo a espécie C. albicans prevalente, seguida pela C. glabrata.Dissertação Staphylococcus aureus resistente à meticilina colonizando pacientes em tratamento de hemodiálise(2018-03-02) Galvão, Julliette Medeiros de Oliveira; Melo, Maria Celeste Nunes de; ; ; Andrade, Vânia Sousa; ; Sales, Ana Isabela Lopes;Os Staphylococcus aureus, em especial a linhagem Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), é reconhecidamente um importante patógeno humano e se destaca não somente pela sua patogenicidade, mas também pela sua elevada capacidade de adquirir resistência à maioria dos antimicrobianos disponíveis para o tratamento das infecções estafilocócicas. Esta bactéria integra a microbiota da pele e superfícies das mucosas sendo a mucosa nasal anterior o sítio primário da sua colonização, em indivíduos saudáveis. A presença dessa espécie em determinadas populações como indivíduos em tratamento de hemodiálise, representa um fator de risco para o desenvolvimento de infecções. O objetivo do estudo foi verificar a prevalência da espécie Staphylococcus aureus e da linhagem Staphylococcus aureus resistente à meticilina colonizando pacientes submetidos ao tratamento de hemodiálise em uma clínica de referência na cidade do Natal-RN. As amostras nasais foram coletas com auxílio de swab estéril, os quais foram inoculados em caldo BHI e encaminhados ao Laboratório de Bacteriologia Médica na UFRN, onde os mesmos foram incubados por 24h a 37˚C. Os isolados bacterianos foram identificados presuntivamente através de técnicas convencionais como a coloração de Gram e os testes para as enzimas catalase e coagulase. A identificação dos MRSA e a susceptibilidade aos antimicrobianos foram realizadas através da técnica de disco difusão. Os genes mecA e lukF foram pesquisados através da técnica da Reação em Cadeia da Polimerase. Os dados relativos aos pacientes foram coletados através de uma entrevista estruturada com 15 perguntas. Participaram deste estudo, 375 pacientes, dos quais 90 (24%) portavam o S. aureus em suas narinas e 9 (2,4%) o Staphylococcus aureus resistentes à meticilina. Todos os MRSA apresentaram o gene mecA. Das cepas de MRSA, oito apresentaram o gene lukF, codificador da Leucocidina de Panton Valentine (PVL). Nenhuma das variáveis pesquisadas mostrou-se associada estatisticamente com a frequência de S. aureus e MRSA. Contudo, a presença desse micro-organismo é importante, especialmente a linhagem MRSA, uma vez que sua virulência e resistência aos antimicrobianos é bastante estabelecida e, sobretudo, colonizando pacientes hemodialíticos, os quais apresentam maior susceptibilidade às infecções.