PPGEM - Doutorado em Estudos da Mídia
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Navegando PPGEM - Doutorado em Estudos da Mídia por Autor "Aires, Janaine Sibelle Freires"
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Tese Essas crianças que dançam e brincam na tela: midiatização e o engendramento de infâncias contemporâneas pelo Instagram(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-28) Araújo, Emily Gonzaga de; Lacerda, Juciano de Sousa; Pavan, Maria Ângela; http://lattes.cnpq.br/2258546985285753; https://orcid.org/0000-0002-0876-377X; http://lattes.cnpq.br/9310055597414010; https://orcid.org/0000-0001-5730-904X; http://lattes.cnpq.br/1198937163531489; Aires, Janaine Sibelle Freires; Faxina, Elson; Fonsêca, Mayara de Sousa Guimarães; Foletto, RafaelO presente trabalho aborda as diversas imagens de infância postas em circulação no âmbito das redes sociais digitais (Recuero, 2018; Recuero; Bastos; Zago, 2020), especificamente na plataforma Instagram, a partir de um estudo de caso de três perfis infantis, notadamente de crianças ali representadas como influenciadoras digitais mirins (Abidin, Karhawi; 2021; Bareta, 2021; Jorge, Marôpo, Nunes, 2018); objetiva-se assim compreender de que maneira essas imagens fomentam perspectivas específicas acerca da construção social da infância no contexto digital; assinalamos uma conjuntura de franca midiatização (Fausto Neto, 2008; Santi, 2016; Sodré, 2002), no qual as mídias adquiriram um reforçado sentido de janelas para o mundo, ordenadoras da vida cotidiana; estamos concebendo a relação dos sujeitos infantis com os meios e sua cultura pelo viés do consumo simbólico (Canclíni, 1999; Silverstone, 2005), de modo que os elementos midiáticos dos quais o indivíduo se apropria entrelaçam-se com outros de sua experiência (Martín-Barbero, 2006); tensionamos uma aproximação teóricometodológica que supere o maniqueísmo em relação às crianças (Buckingham, 2012a), tomando-as como ativas e competentes no processo; tratamos da infância como uma construção social e também categoria estrutural e analítica, corroborando a visão de que não há uma criança “universal” ou “natural”, mas sim uma pluralidade de formas de ser criança e de viver o tempo da infância (Sarmento, 2007; Heywood, 2004; Corsaro, 2011); compreendemos a criança como produtora de cultura, as culturas infantis (Barbosa, 2007; Sarmento, 1997); tratamos das mídias enquanto um ente social vinculado às construções de significados, valores e práticas relacionadas à experiência do indivíduo, à tessitura dos modos de vida em sociedade, nas suas diversas esferas de socialização; em termos de metodologia, utilizamos uma abordagem qualitativa, lançando mão das técnicas de pesquisa bibliográfica (Stumpf, 2006) e análise de conteúdo (Bardin, 2011); os perfis analisados são abertos, isto é, acessíveis a qualquer pessoa que esteja dentro do Instagram; nosso corpus foi constituído pela compilação de postagens referentes ao mês de junho de 2023, considerando apenas as postagens do “feed” de cada perfil, de maneira que foram contabilizadas 29 postagens no total; dentre as conclusões, percebemos que as crianças influenciadoras digitais nos possibilitaram visualizar o duplo movimento entre o agenciamento/o empoderamento infantil e a restrição, sobretudo do ponto de vista da intervenção parental, da autonomia no sentido de produzir discursos efetivamente seus, autocentrados; pontuamos acerca da influência enquanto modalidade de trabalho infantil e a necessidade de elaboração de um dispositivo legal para regulamentar essa atividade, de modo a salvaguardar crianças e adolescentes influenciadores da exploração; observamos a questão do brincar performático, da brincadeira midiatizada, onde encontramos as culturas infantis e vislumbramos a ludicidade ressignificada dentro do processo de midiatização; destacamos ainda o predomínio da perspectiva da infância-produto/criança-consumo em detrimento de angulagens outras que privilegiem representações mais plurais e abrangentes de infância, em seus diversos atravessamentos de raça, gênero e nível socioeconômico; tal primazia do consumo possibilitou um avanço no encurtamento entre o mundo dos adultos e o das crianças, uma vez que há muitas similaridades entre os influenciadores digitais adultos e os infantis (nas práticas, na linguagem, na estética dos conteúdos); verificamos a manutenção das desigualdades, à medida que a visibilidade de diversas infâncias possibilitada pela democratização no acesso aos meios de produção não necessariamente se traduz em uma equiparação de oportunidades dentro da ambiência digital; os atravessamentos de raça, gênero e de ordem socioeconômica impactam diretamente nisso.Tese A televisão no Rio Grande do Norte: uma periodização da trajetória da mídia regional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-10-24) Sales Júnior, Francisco das Chagas; Kneipp, Valquiria Aparecida Passos; https://orcid.org/0000-0001-5522-6961; http://lattes.cnpq.br/6752069973644466; https://orcid.org/0000-0002-3501-7211; http://lattes.cnpq.br/4548596905981191; Aires, Janaine Sibelle Freires; https://orcid.org/0000-0002-6551-5297; http://lattes.cnpq.br/4051151886203077; Pavan, Maria Ângela; Lima, Maria Erica de Oliveira; Mattos, Sérgio Augusto SoaresEsta pesquisa teve como objetivo identificar, analisar e delimitar as fases de desenvolvimento da televisão no Rio Grande do Norte. Para isso, foram recortados como objetos empíricos as trajetórias das emissoras potiguares, entre 1972 e 2022, para identificar uma periodização da mídia regional (Rossetto, 2009), a partir de um estudo de caso (Yin, 2015) da televisão potiguar, transmitida tanto em sinal aberto como nas operadoras dos canais por assinatura, além do uso de técnicas como a história oral e de consultas aos arquivos de vídeo das emissoras, à legislação brasileira e às histórias do Brasil e do Rio Grande do Norte. A presente investigação foi justificada pela carência de pesquisas sobre a TV no estado e pela inexistência de uma periodização da mídia televisiva potiguar. A investigação teve como fundamentação teórica os estudos de Mattos (2010a, 2010b), Barbosa (2010), Bolanõ (1999, 2007) e Capparelli (1982, 1986), sobre a TV brasileira, e de Kneipp (2017), sobre a TV potiguar. O estudo contou ainda com as contribuições de Williams (2016), Jost (2011, 2007), Wolf (2015) e Wolton (1996) sobre a mídia televisiva, além das pesquisas sobre mídia regional de Lima (2010, 2001, 200), Bazi (2016, 2001), Fábbri Júnior (2006), Aguiar (2016), Moreira (2019, 2015, 2009) e Santos (2008, 2006, 2007, 2006). A pesquisa se propôs ainda a discutir conceitualmente a nova ecologia da televisão regional. Por isso, contou com as contribuições de McLuhan (1962, 1964), Postman (1994, 1979), Scolari (2015, 2014, 2010), Canavilhas (2023, 2011), Strate e Braga (2019), Becker (2022, 2016), Jenkins (2008) e Fechine (2014). A partir dos estudos realizados e dos resultados alcançados por esta pesquisa, foi possível construir uma periodização da trajetória televisão no Rio Grande do Norte e identificar a ecologia da TV potiguar na contemporaneidade, além de contribuir para as discussões e desenvolvimento do conhecimento científico sobre regionalização da mídia televisiva no Brasil.Tese Vínculos de ancoragens e enquadramentos temáticos: olhares itinerantes às interações midiatizadas em grupo(2019-09-30) Cavalcante, Fernando Luiz Nobre; Hanke, Michael Manfred; ; ; Cruz, Adriano Charles da Silva; ; Aires, Janaine Sibelle Freires; ; Reis, Raul; ; Lima, Marcus Antônio Assis;A interdependência de membros de um grupo fecunda-se na experiência interativa da linguagem. Em um grupo hipermidiatizado, no qual a troca de ideias pode se dar por enquadramentos temáticos, restou à forma o aspecto empírico de entendê-lo transpondo o conteúdo. A tese investiga as interações dos atores de um grupo de WhatsApp que, vinculado a uma política diplomática estadunidense, propaga noções de empreendedorismo startup no Brasil. Instrumentalizou-se o método de triangulação da pesquisa de mídia, com estudos quantiqualitativos alicerçados pela observação participante oculta por meio de um diário aberto aos componentes do grupo. A tese considera que funcionalidades técnicas de representação da escrita, da fala e dos gestos, pela interação midiatizada, simbolizam as intenções e emoções, forjam as representações dos atores e roteirizam as narrativas de um grupo em uma rede informal – a qual foi considerada como elo a uma política mídia. Empiricamente comparável com o medium da linguagem na comunicação face a face, as funcionalidades técnicas do dispositivo do enunciado, metaforicamente, figuraram a suposição de mensurar uma comunicação face a face midiatizada. Pela aplicação dos estudos de quadros (frames) de interação de Erving Goffman, o humano e o não humano se abraçam à complexidade das interações hipermidiatizadas e “datatizadas”, conforme a tese explora teoricamente, imbricando-se na rede alemã de pesquisa intitulada Figurações Comunicativas. Por ancoragens de interação, foi categorizado o fato de que as seguintes funcionalidades técnicas são marcadores de aberturas e fechamentos, parênteses internos de uma temática conversacional: notificações; caracteres da escrita; imagens técnicas, áudios e símbolos; bem como as distintas temporalidades da ordem sequencial da interação. O mapeamento de vínculos de efervescência, de modelagem, de reconhecimento e de temporalidade de uma interação contrapõe que enquadramentos temáticos possam propor categorias de adesões e entrelaçamento em grupo acerca de uma suposta opinião pública, urgente a novos mecanismos empíricos.