Programa de Pós-Graduação em Estudos da Mídia
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Estudos da Mídia por Autor "59670886449"
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Tese Comunicação e poder no Facebook: da autonomia à automação na era do capitalismo informacional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-22) Silva, Mayara Karla Dantas da; Veloso, Maria do Socorro Furtado; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; 59670886449; http://lattes.cnpq.br/2568499843473943; http://lattes.cnpq.br/8254589050604215; http://lattes.cnpq.br/0204902753152866; Dutra, Manuel José Sena; http://lattes.cnpq.br/2597192749872675; Marques, Francisco Paulo Jamil Almeida; http://lattes.cnpq.br/5523350812734008; Maia, Kenia Beatriz Ferreira; http://lattes.cnpq.br/8600703674458800; Gomes, Marcelo Bolshaw; http://lattes.cnpq.br/4277715352803619Esta pesquisa tem como tema a convergência entre dois eixos: a comunicação e o poder. Inserida no campo dos estudos da mídia, a tese aborda como as relações de poder, que são construídas por processos de comunicação, estão emergindo em meio ao “capitalismo informacional” (CASTELLS, 1999) e à “economia da atenção” (GOLDHABER, 1997; BENTES, 2018). Mais exatamente, a tese questiona como o Facebook, uns dos produtos dessa nova lógica comercial, vem reestruturando a interface entre comunicação e poder. Diante disso, a pesquisa busca reiterar o argumento de que as relações de poder são construídas na mente, a partir de processos de comunicação, e que, portanto, estratégias psíquicas são mais efetivas e potentes do que o uso da força, da disciplina e do controle. Argumentamos que para além do poder duro (FOUCAULT, 1979; 1987) e do poder suave (FOUCAULT, 1979; 1987; DELEUZE, 1992), que atuam mediante aparelhos repressivos e ideológicos e que usam da violência, de normas e da vigilância para dominar, respectivamente, estamos diante de novos agenciamentos de dominação, marcado pelo “poder inteligente” (HAN, 2018a), uma instância do poder que opera mediante estratégias psíquicas, a partir do uso das tecnologias digitais da comunicação e da informação, para seduzir, atrair, persuadir e influenciar o pensamento e o comportamento dos sujeitos. Nesse sentido, buscamos compreender, a partir do Facebook, como a plataforma atua não só como agente midiático e mercadológico, mas também como agente político e de que modo sua ação, sustentada pelo capitalismo informacional e pela economia da atenção, está reestruturando a relação entre a comunicação e o poder, na contemporaneidade. Para tanto, tomamos a cartografia como metodologia, por reconhecer o aspecto rizomático do objeto (DELEUZE & GUATTARI, 1997; SANTOS, 1988; ROLNIK, 2007; KASTRUP, 2007; KIRST et al., 2003). Concluímos que o hiperfluxo informacional, promovido pela topologia distribuída de rede, ainda que reflita no aumento da emissão, vem contribuindo com a redução do processo de comunicação, portanto, favorecendo as novas relações de poder e que o Facebook, mediante o uso de estratégias mercadológicas opacas, com sérias implicações sociais e políticas, representa um agente importante dessa mudança, pois, seu modo de agir promove tanto o aumento da emissão e decisões automáticas, quanto a redução da ocorrência efetiva da comunicação e da autonomia dos agentes sociais.